segunda-feira, 29 de abril de 2024

Bibliotecas Digitais

As bibliotecas “físicas” começaram por utilizar a tecnologia digital para melhorar os seus serviços básicos como a catalogação e organização do acervo. Estas instituições passaram a ter as bases de dados organizadas e sistemas integrados de gestão em bibliotecas, dinamizando assim a informação disponível. Desta forma surgiram as bibliotecas digitais que são constituídas por documentos que são digitalizados e organizados quer sob a forma e material, como exemplo o CD-ROM ou o DVD, quer através da internet sob a forma de servidores que utilizam a nuvem, com o objetivo conservar a integridade dos documentos digitalizados.

A designação de biblioteca digital engloba portanto, digitalização das bibliotecas tradicionais mas também pode ser abrangida por outros conceitos e definições como repositório de informações online, ou um espaço distribuído de informação interligada.

No entanto, e apesar de alguma controvérsia ao redor do termo “biblioteca digital”, há consensos claros de determinados autores, concordando que as bibliotecas digitais não estão confinadas a formatos físicos.

A Biblioteca Nacional Digital de Portugal por exemplo,  disponibiliza cerca de 30.000 documentos na sua plataforma. Abrange um património extenso e diversificado com muitos séculos de história e cultura da sociedade portuguesa, como cartografia, espólios, manuscritos, iconografia, etc.



Este tipo de Bibliotecas Digitais dão um passo em frente no que diz respeito à preservação de obras, múltiplos acessos e uma pesquisa e um acesso mais rápido que só é possível com o digital.


Referências Bibliográficas: 

ISAÍAS, Pedro. (1999).Bibliotecas Digitais”, Universidade Aberta, Lisboa.

quarta-feira, 24 de abril de 2024

Resumo sobre o Tema 2 - Recursos educativos digitais e tecnologias interativas da web social da Unidade 2 (Ecologias e Ambientes Virtuais de Aprendizagem)

No Tema 2 - Recursos educativos digitais e tecnologias interativas da web social da Unidade 2 (Ecologias e Ambientes Virtuais de Aprendizagem), a professora Sara Dias-Trindade apresentou-nos duas ferramentas digitais, o TED Ed e o Padlet. São dois recursos educativos muito interessantes e penso que o grupo de trabalho não desiludiu na troca de ideias e debate construtivo. No primeiro recurso, o TED Ed, a professora lançou um debate sobre ambientes educativos emergentes, na qual lançou algumas questões interessantes que podem ser lidas aqui:


Ambiente de trabalho da aplicação TEDEd, que gerou um excelente debate sobre ambientes educativos emergentes, promovido pela professora Sara Dias-Trindade




Dei a minha opinião e debati as questões com os meus colegas. É interessante que o Ted Ed limita a quantidade de texto para os 1000 caracteres portanto os participantes tinham de ser sucintos e o mesmo fora recomendado pela professora Sara. Na altura tive de resumir imenso o meu post, mas agora aproveito para mostrar aqui o meu texto original que tinha escrito para o efeito:

Ao longo deste Tema temos falado muito de uma reconfiguração da educação, onde o digital é a grande presença, embora se tenha analisado e concluído que esse novo paradigma de educação que se procura que desponte, se revolucione também na componente analógica - e principalmente, como se vai introduzir o digital nessa componente, de forma a que os dois se fundam de uma forma híbrida e natural. Alguns recursos digitais são dominados pelos alunos (se considerarmos o ensino obrigatório) que nasceram na era digital e da Internet, se considerarmos redes sociais como o Instagram, o Threads, o X ou o Facebook, mas também jogos como o Roblox e o Spatial. Mas a utilização que muitos utilizadores dão a essas redes sociais muitas vezes não é a mais adequada. No vídeo https://www.youtube.com/watch?v=EcspUD0kF7g é mostrado o impacto negativo que as redes sociais podem proporcionar, e apesar de ficção, não anda muito longe da realidade atual. Cabe também ao professor assumir um papel não só da componente técnica dos recursos digitais que tem ao seu dispor (porque essa parte a maior parte dos alunos já a domina, como referi), mas ser um agente aquietador na forma como esses recursos devem ser utilizados, informando dos perigos, mostrando as opções e os caminhos, promovendo os recursos digitais num âmbito positivo, sem perigos, promovendo debates, criando questões e dando conclusões que só vão beneficiar o ensino.


Na ampla discussão na ferramenta Ted Ed, chamei a atenção para algo que, como professor da Informática, assisto por vezes, que vem a ser a capacidade que os alunos têm para utilizar aplicações de redes sociais, o que não quer dizer que a utilizem corretamente, como referi. O debate voltou-se assim para a susceptibilidade dos jovens e a inteligência emocional que ainda não detém para serem capazes de lidar com muitas das adversidades que podem ocorrer. Dei alguns exemplos de jovens que fazem muita comparação com o outro, não sendo capazes de atingir aquilo que está relatado (ou fotografado) nas redes sociais, mas que também não é necessariamente real, aquele conceito de uma felicidade absoluta no melhor dia de sol de sempre por exemplo. Referi também exemplos concretos de alunos meus com doenças mentais e que achava que muito disso advinha das redes sociais e da comparação que fazem uns com os outros. Mas não se podem crucificar as redes sociais e temos de averbar o seu papel positivo para a sociedade, sendo que aqui entra o papel do professor que será também alertar para esse discernimento, clarividência e e zelo e também educar para a tecnologia com fundamento. 



Como o tema era sobre recursos educativos, várias aplicações (Minecraft, e estratégias de ensino foram enumeradas. O meu colega Pedro Paulo referiu o cinema no Ensino Superior como uma mais valia e eu partilhei com ele a maneira de ver as coisas, salientando que o cinema pode ser visto como um momento lúdico, ao mesmo tempo, se bem inserido e no contexto de turma certo, vai estabelecer o desenvolvimento de espírito crítico ao mesmo tempo que é introduzido um elemento de repertório sociocultural.

Nesta linha, existem imensos de recursos digitais audiovisuais que podem trazer mais valias para o processo de ensino e de aprendizagem. O professor não é um debitador de matéria mas um criador que tem o poder de dinamizar e introduzir dinâmicas diferentes que possam complementar o ensino.


Ainda na mesma plataforma, chegamos ao conceito de literacia digital, que já havia abordado no meu portefólio (Literacia Digital). Dei a minha opinião e salientei que esse desenvolvimento da literacia digital é fulcral para a correta utilização das tecnologias. Citei Mazurkievicz que nos diz que ela requer uma aplicação das mesmas no dia a dia em diversos contextos e uma permanência de atualização face às inovações tecnológicas. Costumo dizer que nós, professores de Informática não nos podemos dar ao luxo de nos atualizarmos de ano a ano, tem de ser de minuto a minuto. Mas há medida que a tecnologia vai avançando, como referiu a professora Sara numa sessão síncrona, é impossível dominarmos todos os recursos digitais. Como professores podemos apresentar estes recursos, já sabendo que os alunos vão ter um domínio técnico das ferramentas em si, mas o papel do professor, como já referi, deve ser de um agente dinamizador e de orientação, sempre com bom senso e conseguindo progressos na utilização de ferramentas que possam ser apelativas e trazer mais valias de interesse aos alunos, consolidando as aprendizagens com estes elementos facilitadores.


Referências:


- Haleem, A., Javaid, M., Qadri, M. A., & Suman, R. (2022). Understanding the Role of Digital Technologies in education: a Review. Sustainable Operations and Computers, 275–285. Sciencedirect. https://doi.org/10.1016/j.susoc.2022.05.004

- Dias-Trindade S., Ota M. A. e Gomes E. da Silva (2022). Competências digitais: perspectivas para inov@r os espaços de aprendizagem in Berg J., Vestena C. L. B. e Costa-Lobo C. (Org.), Criatividade, educação e inovação social. Série Tecido em Criatividade, Volume 4. São Paulo: Pimenta Cultural, 2022.

- Reuters (2023) 'Metaverse school' teaches students using VR, disponível no Youtube no link: https://youtu.be/4nwQ36m9aDE

- Siemens, G. (2005). Connectivism: A learning Theory for the Digital Age. Creative Commons License. https://www.itdl.org/Journal/Jan_05/article01.htm

- Mazurkievicz, G. L. (2013). Educação a distância e a literacia digital no processo de formação continuada de professores. Tese de doutoramento. Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Físicas e Matemáticas, Programa de Pós-graduação em Educação Científica e Tecnológica.

Redes Sociais na educação - vantagens e desvantagens

Na Unidade Curricular 2 - Ecologias e Ambientes Virtuais de Aprendizagem abordamos as redes sociais. As redes sociais estão presentes praticamente desde que a Internet surgiu. Algumas estiveram em grande plano e depois acabaram por desaparecer (como o Hi5, por exemplo). Outras redes sociais como o Facebook, o Pinterest, o X (Antigo Twitter), o Threads, o Instagram e muitas outras estão bem patentes na nossa sociedade, com milhões de utilizadores em todo o mundo. É certo que os alunos (se estivermos a considerar os mais jovens) são grandes utilizadores destas redes sociais, muitas vezes não da melhor maneira. Nesta Unidade 2 pudemos abordar estas questões e vimos sérios problemas criados pelas redes sociais. Problemas como fobias sociais, desinteresse pelas atividades físicas ou ansiedade generalizada. Outro problema associado às redes sociais, e que tive a oportunidade de referir no debate que tivemos na Unidade 2 é a comparação que os utilizadores fazem quando só vêem as melhores histórias e fotografias que já foram selecionadas de entre muitas e com o maior cuidado, no melhor dia. Como disse o Presidente dos Estados Unidos, Theodore Roosevelt, “Comparison is the thief of joy”. Julgo que esta citação se enquadra muito bem nos nossos tempos, e num mundo onde a arte do parecer parece reinar por culpa das redes sociais, cria-se na sociedade uma maneira fútil e perigosa de ver as coisas e muitos dos nossos jovens não são capazes de lidar com estas questões. Este problema que as redes sociais trazem não significa que elas não tenham vantagens. Que diriam dois amigos que se reencontraram passados 30 anos devido às redes sociais? O LinkedIn por exemplo, é uma rede social que permite trocar ideias sólidas sobre parâmetros de determinada profissão, estabelecer redes profissionais, criar redes de networking ou mesmo proceder à contratação de profissionais. Também vejo vantagens na utilização das redes sociais na educação. Por exemplo, quando trabalhei na biblioteca da minha escola criamos uma conta de Instagram da própria biblioteca, e com isso foi possível chegar a muitos alunos que viam e comentavam as temáticas que eram lançadas - só foi possível gerar este interesse porque era uma rede social do interesse dos alunos.

Exemplo do Instagram da Biblioteca Escolar da 
Escola Secundária Domingos Rebelo



Penso que esta forma apelativa de gerar recursos educativos é a forma de seguirmos em frente na educação, utilizando os recursos que existem à nossa disposição. É claro que, como foi referido no amplo debate que tivemos na plataforma Ted Ed, é necessário que o professor faça uma abordagem dos perigos, dê uma formação clara para a utilização correta destes recursos e seja um mentor capaz de alertar para os problemas que podem advir, estabelecendo regras e impondo limites. Mas vejo as redes sociais como um agente a integrar na educação, facilitando o processo de ensino/aprendizagem.



Referências:


Lazer DMJ, Baum MA, Benkler Y, Berinsky AJ, Greenhill KM, Mennczer F, et al. The Science of fake news. Science. 2018;359:1094-96. doi: 10.1126/science.aao2998. Disponível em:
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_nlinks&ref=3418162&pid=S1806-6976202000010000100009&lng=pt

World Health Organization. Prevention of Mental Disorders: effective interventions and policy options: summary report [Internet]. Geneva; 2004 [cited Aug 29 2019]. Disponível em: https://www.who.int/mental_health/evidence/en/prevention_of_mental_disorders_sr.pdf

quinta-feira, 18 de abril de 2024

Resumo e Conclusões pessoais sobre o Tema 2 - Inovação em Educação Digital e em Rede da Unidade 1 - Sociedade e Educação e em Rede


No dia 7/4/2024 iniciamos o debate relativo ao Tema 2 (Inovação em Educação Digital e em Rede) da Unidade 1 (Sociedade e Educação Digital e em Rede). O professor J. António Moreira disponibilizou um vídeo em que aborda a era híbrida, na plataforma VideoAnt que foi amplamente comentado e debatido pelos colegas:



Era Híbrida, Educação Disruptiva e Ambientes de Aprendizagem (J. António Moreira)


No vídeo, o professor Moreira fala-nos do hibridismo que é o novo conceito onde as ferramentas analógicas vão dialogar com as digitais, fazendo-se assim a transição para o paradigma onlife. O professor fala da questão do tempo de educação pois com todos os meios digitais, esta intemporalidade de aprender, é também um novo conceito neste novo paradigma, como são os exemplos das salas virtuais assíncronas. Como diz o professor, "desde que haja uma ligação online há uma aprendizagem que ocorre em todo o tempo".


Há que salientar, de acordo com a bibliografia disponibilizada para este tema, o Plano de Ação para a Educação Digital:





Este Plano consiste numa iniciativa da União Europeia que nos começa por relatar que a pandemia de Covid-19 veio mostrar uma necessidade, mais do que dar um impulso, para uma modernização e integração do ensino híbrido, conjugando o ensino presencial com o digital. Abriu-se assim a necessidade de reforçar a transformação digital necessária para essa mudança. Contudo, de acordo com os estudos efetuados sobre a capacidade para lidar com o digital mostraram muitas limitações, sejam limitações dos intervenientes (professores e alunos) que não possuem, de uma forma abrangente, formação e apetências digitais para lidar com este novo paradigma, sejam limitações de recursos digitais. Assim, foram definidas duas prioridades. A prioridade 1 fala numa “promoção de desenvolvimento de um ecossistema de educação digital altamente eficaz”, com as suas 6 ações. A prioridade 2 aborda o reforço das “aptidões e competências digitais para a transformação digital” que a Comissão Europeia deverá fazer para alcançar este objetivo. Neste plano existem 3 parâmetros de qualidade pressupostos para a educação: qualidade, inclusão e acessibilidade para todos. Portanto, é mais uma iniciativa de abordagem à nova era digital que se pretende, com os seus desafios e questões.




Em continuidade do Tema 2 (Inovação em Educação Digital e em Rede), o artigo “Una mirada diferente para la Educación Híbrida” fala-nos da maneira como se deve dar um sentido a estes novos paradigmas da educação. Nos comentários do Videoant referi que o artigo defende que a presencialidade e a virtualidade se devem ligar de uma forma tão fluida que vão seguir em direções que se aproximam cada vez mais e podem assim coexistir de uma forma natural (Sangrà, pp. 122). O digital é introduzido e assoma-se, de acordo com as tecnologias e as tendências emergentes, de uma forma convergente ao mundo presencial.


No artigo são assim recomendadas quatro ações que podem ajudar a desenhar um modelo híbrido com uma perspetiva diferente, abordando os dois conceitos de educação presencial e digital, potencializando ao máximo um ensino de qualidade:

  • Um concepção baseada numa nova perspetiva (online),
  • Uma nova abordagem à gestão do tempo,
  • Um aumento da capacidade de autonomia do estudante,
  • O desenvolvimento de um sistema de avaliação contínuo, formativo e diversificado.


Em jeito de uma conclusão pessoal, o Tema 2 da Unidade 1, veio consolidar os conceitos de educação híbrida, educação digital, ecossistemas digitais em rede e claro o paradigma Onlife. Claro que quanto mais aprendo sobre estes conceitos mais questões levanto. Se até há pouco tempo nem conhecia o conceito de “Onlife”, estou agora mais “ligado” à perspetiva de uma educação hiperconectada em rede, onde os ecossistemas da educação vão muito mais além dos ecossistemas construídos e podem também ser espaços naturais e virtuais. Vejo uma forma de valorização da biosfera como um espaço de aprendizagem, olhando também aos recursos limitados do planeta e entendo que o acesso ao digital, se bem incorporado, pode ajudar no problema das alterações climáticas, ou pelo menos atenuar essa questão.

Há também a questão da formação: não só a formação dos alunos, que agora têm uma oportunidade melhor para a educação ao longo da vida, mas também a formação de professores, um elemento-chave no desenvolvimento deste paradigma. Essa formação começa por uma mudança de mentalidade do professor, e olhando ao meu redor, entendo que não será fácil fazer essa transição para o digital de um dia para o outro. É certo que já existem imensos recursos digitais ao dispor da educação, agora, a mentalidade e a inovação de como eles podem ser usados é que é a questão, na minha ótica, crucial - entender também que esse processo pode agora ser gerido num espaço temporal diferente do que estávamos habituados. Particularmente, nesta Pós-Graduação, pude experimentar esse conceito de tempo assíncrono - um tempo variável de aluno para aluno, em horas do dia diferentes, mas em que juntos se conseguiram debater ideias de uma forma extremamente útil e profícua. Essa conexão que se estabeleceu é exemplo da promoção de relações e conexões e de um trabalho colaborativo, que pode ser entre alunos e entre professores.

Outra questão que me afogueou a mente foi a questão dos atores não humanos. O professor J. António Moreira, na última sessão síncrona referiu mesmo a aceitação desses elementos como o ChatGPT para a inclusão de ideias, desde que corretamente referenciadas. Esta utilização prática da Inteligência Artificial é um não negar da própria evolução tecnológica e coloca essa essência da IA ao dispor da educação, lado a lado.

Com tudo isto compreendo que o digital não é tudo - o desafio está no equilíbrio que se deve criar entre o digital e o analógico, e entender que um aluno ou um grupo de alunos podem ter uma predisposição diferente para aprendizagens diferentes. Nem tão pouco considero que o próprio ensino analógico deva ficar estagnado enquanto o digital evolui. Por fim, concluo também que essa nova realidade de ensino que está a emergir deve servir para os dois lados, quer para o analógico, quer para o digital.




Referências Bibliográficas:


Sangrà, A. (2022). Una mirada diferente para la Educación Híbrida. Video Journal of Social and Human Research, 1(2), 117-125


MOREIRA, A., HENRIQUES, S., BARROS, D., GOULÃO, M.F., CAEIRO, D. (2020), Educação digital em rede: princípios para o design pedagógico em tempos de pandemia, Lisboa




Schlemmer, E., & Moreira, J. A. M. (2020). Ampliando Conceitos para o Paradigma de Educação Digital OnLIFE. Revista Interacções, 16(55), 103–122. https://doi.org/10.25755/int.21039


MOREIRA, J. A. .; SCHLEMMER, E. Por um novo conceito e paradigma de educação digital onlife. Revista UFG, Goiânia, v. 20, n. 26, 2020. DOI: 10.5216/revufg.v20.63438. Disponível em: https://revistas.ufg.br/revistaufg/article/view/63438. Acesso em: 14 mar. 2024.


UNESCO (2022). Reimaginar nossos futuros juntos: um novo contrato social para a educação. International Commission on the Futures of Education. ISBN 978-65-86603-23-1.

sábado, 6 de abril de 2024

Literacia Digital

Na Unidade Curricular 2 - Ecologias e Ambientes Virtuais de Aprendizagem abordamos o conceito de Literacia Digital. A palavra inglesa “literacy” tem uma definição simples e significa a capacidade de ler e escrever. No entanto, o seu significado específico está sujeito a um debate sem fim, não existindo uma tradução direta em muitas línguas para o termo literacia. Neste enquadramento, voltando a nossa especificidade para as novas tecnologias, Mazurkievicz (2013, p. 55) considera o seguinte: “Compreendo que a literacia é um processo em desenvolvimento em que é essencial permanecer atualizado face às inovações tecnológicas e à sua aplicação ao dia a dia nos mais diversos contextos, e adotar como conceito de literacia digital são as habilidades e estratégias que permitem utilizar as TIC de forma eficaz para identificar, localizar informações, avaliar criticamente a utilidade dessa informação, sintetizando as informações e então comunicar de forma correta essas informações.”





A alfabetização digital requer mais do que apenas a capacidade de usar software ou operar um dispositivo digital; inclui uma grande variedade de habilidades complexas, como cognitivas, sociológicas e emocionais que os utilizadores precisam ter para usar os ambientes digitais de forma eficaz e o termo literacia digital, ligado a esses requisitos vem traduzir competências digitais práticas, capacidade de gerir a segurança digital, capacidade de criar conteúdos digitais e de uma comunicação digital eficaz.

Certamente que ao longo desta Pós-Graduação terei a oportunidade de reformular este post e melhorar o meu conhecimento e entendimento sobre o conceito de literacia digital.


Referências Bibliográficas:

Mazurkievicz, G. L. (2013). Educação a distância e a literacia digital no processo de formação continuada de professores. Tese de doutoramento. Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Físicas e Matemáticas, Programa de Pós-graduação em Educação Científica e Tecnológica.

sexta-feira, 5 de abril de 2024

Integração das plataformas virtuais na educação


O texto abaixo foi escrito por mim na Sala de Aula Virtual Assíncrona 1, no dia 2 de abril, acerca da integração das plataformas virtuais na educação. Tenho agora a oportunidade de refletir um pouco o meu pensamento sobre esta matéria, reformulando o que escrevi e adaptando a minha linha de pensamento com o conhecimento que adquiri até agora, com as sugestões/questões da professora Sara Dias-Trindade, e com os comentários dos meus colegas no debate na sala assíncrona:


As competências digitais de que nos fala o Capítulo 4 escrito por Sara Dias-Trindade, Marcos Andrei Ota e Edgar da Silva Gomes, no livro “Criatividade, educação e inovação social”, Volume 4, são um conceito que engloba um domínio das ferramentas e dos recursos digitais e que transcendem a sua importância a um patamar que gosto de chamar de literacia digital, sendo na minha opinião, nos tempos que correm, tão importantes como saber ler e escrever, estando aliás referidos como “Competências para o Século XXI”, como nos mostra o Capítulo em questão. Essas competências estão em constante evolução, o que obriga a uma adaptação muito rápida associada ao uso das tecnologias. É certo que essas competências vem trazer mais que uma valia, uma fundamental inovação ao espaço Ensino/Aprendizagem, no modelo de ensino combinado - online e offline. Nesse contexto em que surgem as plataformas virtuais na educação, temos como exemplo a utilização da imersividade na educação, patente no vídeo https://youtu.be/4nwQ36m9aDE em que se proporcionam estudos e práticas onde os alunos podem experienciar ambientes simulados como experiências científicas que seriam impossíveis de efetuar numa sala de aula convencional. Outros exemplos, como as classroom digitais (Haleem, pp. 276), que servem como “elementos facilitadores” para a educação, com a utilização de tablets, portáteis ou outros gadgets tecnológicos, trazem à experiência do ensino mais valias na aprendizagem e na própria motivação para a mesma. Numa época onde o conhecimento se transfigura a cada minuto pois “metade do que é conhecido hoje não era conhecido há 10 anos atrás” (Siemens, pp. 1), devido precisamente às tecnologias digitais - só elas podem funcionar como um aliado do conhecimento servindo a educação e o ensino, moldando os estudantes (todos eles, de todas as idades) para o futuro. Assim, o domínio das ferramentas digitais é um super poder para o presente e para o futuro, pois como diz Siemens, “a nossa habilidade para aprender o que nós precisamos amanhã é mais importante que o que nós sabemos hoje”.


A questão da parte dos próprios professores aprenderem com os alunos é interessante porque relativamente às ferramentas digitais, já existem muitos alunos que irão dominar certas competências, certamente algumas melhores que muitos professores. Com essa dinâmica e abertura, todos aprenderão: os alunos, dominando as ferramentas digitais mas aprendendo os conteúdos da disciplina, e os professores, dominadores das matérias da sua área, aprendendo mais sobre ferramentas digitais com os alunos.





A formação de professores, mas também a sua própria mudança de mentalidade para as novas tecnologias e um adquirir do pressuposto de que as ferramentas digitais são uma mais valia para o ensino só virá beneficiar a educação, porque os professores sempre foram criativos e assim que adquirirem esse pressuposto está lançado um mote que virá mudar e melhorar toda a educação.

Referências Bibliográficas:


- Haleem, A., Javaid, M., Qadri, M. A., & Suman, R. (2022). Understanding the Role of Digital Technologies in education: a Review. Sustainable Operations and Computers, 275–285. Sciencedirect. https://doi.org/10.1016/j.susoc.2022.05.004


- Dias-Trindade S., Ota M. A. e Gomes E. da Silva (2022). Competências digitais: perspectivas para inov@r os espaços de aprendizagem in Berg J., Vestena C. L. B. e Costa-Lobo C. (Org.), Criatividade, educação e inovação social. Série Tecido em Criatividade, Volume 4. São Paulo: Pimenta Cultural, 2022.


- Reuters (2023) 'Metaverse school' teaches students using VR, disponível no Youtube no link: https://youtu.be/4nwQ36m9aDE


- Siemens, G. (2005). Connectivism: A learning Theory for the Digital Age. Creative Commons License. https://www.itdl.org/Journal/Jan_05/article01.htm


Understanding the role of digital technologies in education: A review

 “Um dos objetivos das Nações Unidas para 2030 é qualidade de educação”, que seja capaz de englobar uma educação inclusiva e equitativa e as tecnologias digitais são uma ferramenta essencial para alcançar este objetivo.





Vários professores e alunos usam as redes sociais para troca de informações para uma experiência de e-learning.


Objetivos de pesquisa (pp. 276)


  1. Estudar as necessidades das tecnologias digitais na educação;

  2. Fazer uma abordagem da importância das salas digitais na educação e identificar o papel das tecnologias digitais na educação;

  3. Identificar desafios pertinentes para as tecnologias digitais na educação.


Parece certo, inevitável e profícuo que as tecnologias digitais sejam utilizadas na educação, pois as suas valias são imensas.


Conclusões (pp. 281)


As tecnologias digitais são inovadoras na consideração dos recursos naturais enquanto promovem crescimento social e económico. Essas tecnologias digitais ajudam a reduzir efeitos nefastos no ambiente.

No item 7. “Future of technologies in education”, é abordado o ensino híbrido, na qual o online se complementa ao offline. É referido que não pode haver uma substituição do ensino físico da sala de aula no que diz respeito a aprender e ensinar.



Referências bibliográficas:


Haleem, A., Javaid, M., Qadri, M. A., & Suman, R. (2022). Understanding the Role of Digital Technologies in education: a Review. Sustainable Operations and Computers, 275–285. Sciencedirect. https://doi.org/10.1016/j.susoc.2022.05.004

Avaliação com recurso à Inteligência Artificial - Parte 5 - Debate e discussão de vários planos e ideias

 Creio que não será injusto referir que este foi de longe o debate que suscitou mais comentários, sendo por isso mais difícil criar um resum...