Na Unidade Curricular 2 - Ecologias e Ambientes Virtuais de Aprendizagem abordamos as redes sociais. As redes sociais estão presentes praticamente desde que a Internet surgiu. Algumas estiveram em grande plano e depois acabaram por desaparecer (como o Hi5, por exemplo). Outras redes sociais como o Facebook, o Pinterest, o X (Antigo Twitter), o Threads, o Instagram e muitas outras estão bem patentes na nossa sociedade, com milhões de utilizadores em todo o mundo. É certo que os alunos (se estivermos a considerar os mais jovens) são grandes utilizadores destas redes sociais, muitas vezes não da melhor maneira. Nesta Unidade 2 pudemos abordar estas questões e vimos sérios problemas criados pelas redes sociais. Problemas como fobias sociais, desinteresse pelas atividades físicas ou ansiedade generalizada. Outro problema associado às redes sociais, e que tive a oportunidade de referir no debate que tivemos na Unidade 2 é a comparação que os utilizadores fazem quando só vêem as melhores histórias e fotografias que já foram selecionadas de entre muitas e com o maior cuidado, no melhor dia. Como disse o Presidente dos Estados Unidos, Theodore Roosevelt, “Comparison is the thief of joy”. Julgo que esta citação se enquadra muito bem nos nossos tempos, e num mundo onde a arte do parecer parece reinar por culpa das redes sociais, cria-se na sociedade uma maneira fútil e perigosa de ver as coisas e muitos dos nossos jovens não são capazes de lidar com estas questões. Este problema que as redes sociais trazem não significa que elas não tenham vantagens. Que diriam dois amigos que se reencontraram passados 30 anos devido às redes sociais? O LinkedIn por exemplo, é uma rede social que permite trocar ideias sólidas sobre parâmetros de determinada profissão, estabelecer redes profissionais, criar redes de networking ou mesmo proceder à contratação de profissionais. Também vejo vantagens na utilização das redes sociais na educação. Por exemplo, quando trabalhei na biblioteca da minha escola criamos uma conta de Instagram da própria biblioteca, e com isso foi possível chegar a muitos alunos que viam e comentavam as temáticas que eram lançadas - só foi possível gerar este interesse porque era uma rede social do interesse dos alunos.
Penso que esta forma apelativa de gerar recursos educativos é a forma de seguirmos em frente na educação, utilizando os recursos que existem à nossa disposição. É claro que, como foi referido no amplo debate que tivemos na plataforma Ted Ed, é necessário que o professor faça uma abordagem dos perigos, dê uma formação clara para a utilização correta destes recursos e seja um mentor capaz de alertar para os problemas que podem advir, estabelecendo regras e impondo limites. Mas vejo as redes sociais como um agente a integrar na educação, facilitando o processo de ensino/aprendizagem.
Lazer DMJ, Baum MA, Benkler Y, Berinsky AJ, Greenhill KM, Mennczer F, et al. The Science of fake news. Science. 2018;359:1094-96. doi: 10.1126/science.aao2998. Disponível em:
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_nlinks&ref=3418162&pid=S1806-6976202000010000100009&lng=pt
World Health Organization. Prevention of Mental Disorders: effective interventions and policy options: summary report [Internet]. Geneva; 2004 [cited Aug 29 2019]. Disponível em: https://www.who.int/mental_health/evidence/en/prevention_of_mental_disorders_sr.pdf
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