terça-feira, 25 de junho de 2024

Avaliação Digital - Conceitos de Avaliação sumativa, avaliação formativa e feedback

No que diz respeito à Unidade Curricular 5 - Avaliação Digital, ministrado pelas docentes Angélica Monteiro e Ana Machado, a Unidade iniciou-se no dia 11 de junho, e, após as leituras e análises aos recursos disponibilizados, o fórum iniciou o seu desenvolvimento no dia 17 de junho e como tem ocorrido ao longo desta Pós-Graduação, os colegas estiveram ao rubro com as suas opiniões e análises, pontos e contrapontos, e creio que se desenvolveu um diálogo extremamente enriquecedor relativamente ao tema desta Unidade 5 que era sobre a avaliação digital. Assim sendo, as professoras iniciaram o debate com várias questões e foram elas as seguintes:



“Com base na leitura dos recursos consultados, responda às seguintes questões:

- Quais as caraterísticas da avaliação formativa x sumativa e quais as intencionalidades pedagógicas subjacentes a cada tipo de avaliação? Quais as possíveis relações entre os dois tipos de avaliação?

- Que tipos de feedback e qual a importância deste elemento na avaliação digital?”



Comecei por dar uma resposta direta às perguntas em questão, fazendo uma abordagem inicial dos dois tipos de avaliação referidas (formativa e sumativa), abordando após a questão do feedback:

“Bom dia,

Tentando responder a algumas das questões colocadas referentes à avaliação formativa, sumativa e ao feedback,

A avaliação formativa visa contribuir para as aprendizagens do aluno; vai ser sempre uma avaliação contínua e tida em conta ao longo das aprendizagens e competências que vão sendo mobilizadas ao longo do processo de ensino.

A avaliação sumativa avalia as aprendizagens, apresentando um balanço pontual que clarifica os alunos, dando feedbacks integrados.

Ambas as avaliações descritas contemplam o feedback, sendo que na avaliação sumativa este será mais integrado e realizado mais numa fase final dos processos de ensino/aprendizagem. Na avaliação formativa, o feedback permite aos alunos situarem-se no seu processo de aprendizagem bem como auto regularem-se, sendo que facilita todo o processo de aprendizagem.

O feedback reveste-se assim de uma crucial importância, fornecendo aos alunos informações de onde estão e para onde devem ir e deve ser traçado com o reforço positivo, orientando o processo de ensino e aumentando o grau de envolvimento dos alunos.”



Ainda neste mesmo dia, a colega Elisabete Picanço aprofundou muito bem a questão do feedback, com referências a Pinto, L., no documento “A avaliação numa perspetiva formativa”, referindo ainda anteriormente a questão da dificuldade que é avaliar, ao qual tentei dar seguimento, comentando e referindo também a honestidade que traz o feedback ao processo de ensino/aprendizagem e como mais valia que é para o processo da avaliação:







Posteriormente, abordei o conceito da avaliação digital como englobante destes três recursos analisados escrevendo o seguinte:


“Temos estado aqui a aprofundar estes três pilares da avaliação que são a avaliação formativa, avaliação sumativa e o feedback e é seguro afirmar que a avaliação digital vem englobar estes três conceitos de uma só vez. A avaliação digital, através das suas ferramentas, vem facilitar e promover a aprendizagem, pois promove e motiva os alunos de uma forma instantânea, não fosse a mesma, se assim pretendida, também automática. Posso por exemplo dar o exemplo do Moodle, em que o aluno, perante um questionário obtém feedback instantâneo. Também no Classroom é possível aos alunos elaborarem trabalhos que são automaticamente avaliados diretamente ou indiretamente pelo professor, que acede aos mesmos de forma instantânea, podendo dar feedback através de comentários, fazendo sugestões, e se assim entender, avaliar de forma formativa, para depois, seguir para a avaliação sumativa.”



Desta forma, e também com o contributo dos colegas, estava dado o mote para estes três conceitos da avaliação, que são a avaliação formativa, a avaliação sumativa e o feedback, que tão úteis e clarificadores podem ser na avaliação e, no caso específico da avaliação digital, sublinharia ainda mais o feedback, especificando-o como essencial. E comentarei no meu post seguinte, há a acrescentar o conceito de feedfoward. Todos estes conceitos se estruturam na avaliação digital a partir dos conteúdos, dos objetivos e das competências que o estudante deverá adquirir. Como referiu a professora Ana Machado em resposta ao meu primeiro comentário na sala de aula virtual 1, “O facto de o estudante saber realizar ou desenvolver uma atividade, mobilizando o conteúdo, traduz-se evidentemente numa competência”.



Referências: 

Machado, E. A. (2021). Feedback. Folha de apoio à formação - Projeto de Monitorização, Acompanhamento e Investigação em Avaliação Pedagógica (MAIA). Ministério da Educação/Direção-Geral da Educação. Pinto, J. & Santos, L. (2006). A avaliação numa perspectiva formativa. In J. Pinto & L. Santos, Modelos de Avaliação das Aprendizagens (pp. 97-128). Lisboa: Universidade Aberta.


Pinto, J. & Santos, L. (2006). A avaliação numa perspectiva formativa. In J. Pinto & L. Santos, Modelos de Avaliação das Aprendizagens (pp. 97-128). Lisboa: Universidade Aberta.


Pestana, F., & Cardoso, T. (2021). Como avaliar com Tecnologias Educacionais em Rede? Dimensões de uma estratégia num Ambiente Virtual Aberto de Aprendizagem. RE@D – Revista de Educação a Distância e eLearning, 4(2), 61-76.

sábado, 15 de junho de 2024

A Inteligência Artificial

O tema da Inteligência Artificial foi muito debatido, o que faz sentido numa era digital e onde se discutem estratégias pioneiras para o ensino. No debate, referi que o professor não está limitado às aulas que tem de dar mas a um conjunto de burocracias, relatórios, projetos e avaliações. Talvez com o aprofundamento do recurso ao ensino digital tudo isto se possa facilitar. O próprio conceito de tempo no paradigma Onlife pode ser aqui visto de uma outra forma e a Inteligência Artificial vem trazer ferramentas para aprimorar as nossas tarefas, daí que vejo os recursos digitais como mais valias para a otimização do nosso trabalho.


Nesse âmbito e na questão da responsabilidade do professor em fazer uma boa curadoria e de usar a IA para gerar imagens a seu pedido, partilhei um exemplo cómico de um pedido à IA para a criação de uma imagem que relatava o Bill Gates a instalar o Windows (janelas) (Bill Gates installing Windows). É claro que isto  foiuma piada, mas reflete de certo modo que o professor não passa a ser ignorante com a chegada da IA, pelo contrário, ele detém o conhecimento para utilizar a IA da forma correta de maneira a que ela gere o pretendido muito rapidamente, com eficácia e sem erros como este abaixo.


Ainda no debate, acrescentei algo que julgo que se enquadra no que os meus colegas estavam a comentar sobre o tema que tem a ver com o que disse numa entrevista ao New York Times, o Ted Sarandos (co-CEO da Netflix), citando: “A Inteligência Artificial não vai substituir o teu trabalho. A pessoa que usar bem a Inteligência Artificial é que provavelmente vai substituir o teu trabalho.” 






Também numa sessão síncrona o tema da IA foi debatido como um potencial mecanismo de ajuda aos professores. O professor J. A. Moreira referiu a IA como um elemento facilitador do ensino e deu o exemplo de como a IA pode ajudar a economizar o tempo dos professores, que é ao longo dos tempos uma enorme razão de queixa por toda a unidade docente. Também sobre a questão do vídeo se analisou como a IA virá facilitar a questão de todo o processo de edição, deixando as tarefas mais técnicas para a própria IA e deixando para os professores a tal questão da curadoria, de saberem seleccionar corretamente, planificando o vídeo de acordo com o planeado para a aula, introduzindo assim o vídeo como um elemento que visará num processo bem planeado, trazer uma enorme mais valia ao ensino, por todos os motivos já analisados nesta Unidade Curricular 4.



Referências:

Yahoo! (2024). https://es-us.vida-estilo.yahoo.com/ted-sarandos-codirector-ejecutivo-netflix-123700418.html

Modelo Pedagógico para Desenvolvimento de Atividades Centradas na Desconstrução de Imagens em Movimento


No Tema 2 - Modelo Pedagógico para a desconstrução de imagens em movimento da Unidade 4 - Tecnologias de Imagem, Áudio e Vídeo, o professor J. A. Moreira, fala-nos através de um vídeo no Youtube, de um modelo que desencadeia uma série de atividades que se vão desenvolvendo para alcançar os objetivos. Todos os formandos da Pós-Graduação tiveram a oportunidade de comentar e debater sobre esse modelo, dando a sua opinião.







Assim, como nos relata o professor, são cinco os pilares fundamentais do Modelo Pedagógico para desenvolvimento de atividades centradas na desconstrução de imagens em movimento:








Em relação ao primeiro pilar fundamental do Modelo, o professor, J. A. Moreira refere a importância do cariz humanista nas experiências educacionais, ou seja, a importância do professor e do aluno. Uma vez mais, é neste prisma que a Inteligência Artificial não vai, pelo menos por agora, substituir os humanos e a sua componente humana, por mais tecnologia que exista. Como o orador diz, “as tecnologias não são os elementos nucleares mas sim elementos mediadores importantíssimos porque estamos a utilizar uma educação digital…”.


Em relação à construção que se consegue com a colaboração, tive a oportunidade de comentar que a colaboração entre todos os intervenientes num modelo pedagógico só o enriquece, transforma e o faz evoluir. Infelizmente não é isso que se passa em muitos casos reais, pois ainda vemos o professor a trabalhar muito para si mesmo mas julgo que quando mais digitalizado for o ensino, mais isso tenderá a não ocorrer, pela própria facilidade de partilha de materiais e conhecimentos, senão veja-se o modelo aberto que temos nesta Pós-Graduação, onde tudo é discutido de forma aberta, onde é permitido retirarmos ideias dos Portefólios dos nossos colegas e onde a entreajuda é sempre presente.


Em relação ao quarto princípio do Modelo Pedagógico, é-nos trazida a perspetiva da vantagem da utilização de diferentes formatos. Esta diversificação de multiliteracias assume diferentes perspetivas de formatos multimédia e diferentes panoramas audiovisuais e esta multiplicidade de recursos vai enriquecer o desenvolvimento das atividades. Tive a oportunidade de referir no debate a questão da tarefa árdua que os professores vão ter de fazer para desenvolver materiais digitais mas a questão da diversificação e que pode ser atenuada com os princípios atrás referidos, ou seja, a aprendizagem colaborativa e a aprendizagem baseada na interação.


Finalmente, em relação à aprendizagem baseada na flexibilidade acaba por ser também um exemplo daquilo que tem sido a nossa Pós-Graduação pois a disponibilidade temporal do estudante é tida em conta, e a comunicação assíncrona possibilita isso mesmo, dando a oportunidade ao estudante para se inteirar das leituras dos recursos disponibilizados, processamento da informação e após isso, a reflexão e diálogo nas salas assíncronas.


Referências:


Moreira, J. A. (2017). A Pedagogical Model to Deconstruct Moving Pictures in Virtual Learning Environments and its Impact on the Self-concept of Postgraduate Students. Journal of e-Learning and Knowledge Society, 13(1), 77-90

sexta-feira, 7 de junho de 2024

Conclusões Pós debate na sala Sala de Aula Virtual sobre a Linguagem Audiovisual


No âmbito da Unidade Curricular 4 - Tecnologias de Imagem, Áudio e Vídeo, no Tema 1 - "A linguagem audiovisual e o seu potencial em ambiente educativo", lecionadas pelos professores José António Moreira e Magda Teixeira, foi lançada uma questão no pertinente à qual eu e os meus colegas tentamos responder, debatendo sobre o assunto de uma forma muito interessante. A questão era: "Faz sentido, no contexto atual do paradigma da educação digital em rede, incorporar a linguagem audiovisual e desenvolver pedagogia (s) da imagem?"

Tentei então responder, abrindo o debate e dei a seguinte opinião:


Se os alunos estão em constante contacto com a linguagem audiovisual, faz todo o sentido que se faça este acompanhamento indo ao encontro dos seus interesses numa perspetiva apelativa. Não obstante, o mundo do audiovisual está, ainda que sempre presente na nossa sociedade, longe de ser acessível ao professor atual do ponto de vista da criação de recursos, em comparação e contraste com o ensino de papel e caneta. Aqui, há que admitir que vai ser necessária formação de qualidade para os professores, para que esta criação de recursos audiovisuais e de análises iconográficas seja feita num âmbito de sensibilização para a importância da utilização dos recursos que contém esta linguagem audiovisual, daí a formação para uma “literacia audiovisual”, como nos fala J. António Moreira no seguinte vídeo:






Contudo, a evolução da tecnologia não pára nem um segundo e eu lancei uma questão relacionada com a concentração dos alunos que se prende com a própria utilização destes recursos audiovisuais: os vídeos que eles vêem estão cada vez mais curtos e sucintos. Até isto é um desafio para o professor. Em suma, esta pedagogia da imagem deve ser utilizada num contexto se encontrar no mundo dos alunos e visando promover a sua educação, trazendo com isso mais valias, gerando reflexões e de uma forma construtiva, possibilitar uma educação moderna, ligada ao audiovisual.


Nessa perspetiva, os meus colegas deram respostas e enquadramentos muito pertinentes sobre a questão do tamanho dos vídeos e sobre a pedagogia da imagem bem como os desafios e contrariedades que tendem a existir neste mundo do enquadramento do audiovisual no ensino.


Menciono a resposta do meu colega Pedro Paulo, que deu uma resposta muito positiva em relação ao que acha sobre o assunto, que achei pertinente partilhar:




Por outro lado, a colega Marisa Sousa, deu a sua opinião, fundamentada, e aborda uma questão que eu se calhar não tinha pensado bem e que me fez refletir. De facto, no ensino os alunos vão variar os nossos instrumentos motivadores na sala de aula, e estes podem resultar para determinados público-alvo, ou não. Deixo aqui a opinião da colega e a minha resposta:



Também no fórum, achei importante referenciar “A Framework for Film Education”, que aborda o conceito de literacia fílmica que, não pretende standardizar o conceito de cinema na educação, mas sim criar modelos práticos, adaptados à realidade das necessidades e interesses de cada país, na Europa.



Este documento visa inspirar e preparar as pessoas em toda a Europa para que possam aceder, desfrutar, compreender, criar, explorar e compartilhar filmes em todas as suas formas ao longo das suas vidas e pode ser consultado aqui:



Referências:


Moreira, J. António, Tópico 1 - A linguagem audiovisual e o seu potencial em ambiente educativo. Youtube, 18/05/2017. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=2qUUsm5X1SA


“A Framework for Film Education”, vários contribuidores. Disponível em: https://www2.bfi.org.uk/screening-literacy-film-education-europe


quinta-feira, 6 de junho de 2024

Modelo pedagógico para a desconstrução de imagens em movimento (vídeo)

No âmbito da Unidade Curricular 4 - Tecnologias de Imagem, Áudio e Vídeo, lecionadas pelos professores José António Moreira e Magda Teixeira, foi abordada a importância do recurso audiovisual no ensino. Desta forma, não podia deixar passar a oportunidade de criar um pequeno vídeo que resume de forma muito sucinta o Modelo pedagógico para a desconstrução de imagens em movimento proposto por J. António Moreira (2017).





Referências:

Moreira, J. A. (2017). A Pedagogical Model to Deconstruct Moving Pictures in Virtual Learning Environments and its Impact on the Self-concept of Postgraduate Students. Journal of e-Learning and Knowledge Society, 13(1), 77-90


quarta-feira, 5 de junho de 2024

O planeamento e a criação de recursos audiovisuais e as possibilidades didáticas de Ferrés

Abordando a Unidade Curricular 4 - Tecnologias de Imagem, Áudio e Vídeo, analisamos assim as possibilidades do audiovisual no ensino.

Por mais que o professor seja competente na criação de recursos audiovisuais, se não obedecerem a critérios pedagógicos e não tiverem objetivos definidos, não vão alcançar os objetivos pretendidos no processo de ensino/aprendizagem. Por exemplo, a introdução de um filme no início da aula para depois se efetuar uma análise, crítica, reflexão ou debate será uma metodologia a analisar consoante os objetivos pretendidos, a turma em questão e a planificação cuidada da aula. O recurso audiovisual pode assim ser assumido como um recurso pedagógico, se bem estruturado, planeado e apoiado. Um outro exemplo que é uma ficha de visualização de um filme, visará que os alunos façam uma análise/resumo do que viram, criando reflexões sobre o tema do filme. Mais do que isso, como é descrito por si mesmo no documento “Linguagem cinematográfica e audiovisual em contexto educativo”, “o vídeo deve ser entendido na sua dupla vertente de objeto de estudo e de recurso pedagógico” (Moreira, pp. 8). Neste seguimento, o autor aborda as possibilidades didáticas de Ferrés, sendo elas as seguintes:



 

Há portanto que definir um modelo pedagógico, adequá-lo à turma/público-alvo em questão, de modo a que a atividade utilizada com o recurso ao audiovisual seja "motivadora, envolvente e intencional", promovendo a aprendizagem.



Referências:


Moreira, J. A. (2021). Linguagem cinematográfica e audiovisual em contexto educativo. São Carlos: Grupo Horizonte – UFSCar.

FERRÉS, J. Vídeo e Educação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.

terça-feira, 4 de junho de 2024

Inovação disruptiva vs inovação sustentada



Na Unidade 3 - Processos de Ensino e aprendizagem Digital, ministradas pelas docentes Idalina Lourido e Manuela Simões, aquando do Tema 2 - Modelos Pedagógicos e Estratégias de Ensino e Aprendizagem, foi-nos introduzido uma aplicação que desconhecia. O software Hypothes.is é um software de anotação de texto baseado na Web. Foi possível a todos os formandos discutirem e debaterem a questão da inovação sustentada vs inovação disruptiva, comentando o artigo de Clayton M. Christensen, Michael B. Horn e Heather Staker intitulado "Ensino Híbrido: uma Inovação Disruptiva? Uma introdução à teoria dos híbridos", de maio de 2023. Nesse seguimento, comecei por referir que, de acordo com a minha perspetiva, a inovação sustentada tende a ser mais “segura” no seu próprio conceito de inovação, e como tal, mais lenta a evoluir, contudo, sustenta um padrão que já de si tem provas dadas. Terá a desvantagem de, perante um conceito inovador, demorar a adaptar-se a ele, mesmo que esse conceito possa melhorar muito a educação.





A inovação disruptiva, tenderá a introduzir novos conceitos menos testados de uma forma mais agressiva, que não quer dizer que estejam errados, visará uma melhoria do ensino arriscando conceitos que podem não dar as melhores respostas a curto prazo e vai gerar menos consensos também.

A inovação disruptiva tenderá a introduzir novos conceitos menos testados de uma forma mais agressiva mas mais baratos, mais simples e supostamente mais práticos, visando uma inovação que acaba por ser um risco no sentido que pode não conseguir singrar mas que por outro lado pode ser genial.

As duas visam evoluir e inovar e eu julgo que serão ideais perante públicos-alvos diferentes, em sociedades diferentes, isto é, uma inovação será mais adequada para determinada sociedade e vice-versa. E assim, também se vai dando esta evolução entre as duas inovações, a sustentada e disruptiva, em que os conceitos inovadores que se vão introduzindo se vão testando aos poucos e com isso, obtendo conclusões.


Referências:
Moreira, J. A., & Horta, M. J. (2020). Educação e ambientes híbridos de aprendizagem. Um processo de inovação sustentada. Revista UFG, 20. https://doi.org/10.5216/revufg.v20.66027

segunda-feira, 3 de junho de 2024

Os 5 estágios da estrutura de trabalho de Salmon para E-Atividades

Ainda no balanço das temáticas discutidas no fórum da sala virtual assíncrona 1 da Unidade 3 - Processos de Ensino e Aprendizagem Digital do Tema 1 - Recursos Educativos em Ambientes Digitais, no dia 9 de maio, referi que Salmon aborda a importância para que os professores devem estar preparados para a utilização de e-atividades em ambientes pedagógicos online. Isso permitirá uma melhoria das capacidades técnicas do domínio do digital, das fluências digitais e em suma vem trazer um enriquecimento que engrandece a literacia digital de cada professor. Contudo, no fórum, também fiz o contraponto referindo que há fenómenos culturais e sociológicos que podem atenuar esse desenvolvimento. Por outro lado, nem todos os professores estão dispostos a essa mobilização de conhecimentos e atualização contínua. Acho também que é impossível o domínio de todas as ferramentas digitais inerentes às E-atividades mas penso que com a colaboração entre os profissionais vai ser sem dúvida uma grande mais valia: mesmo que um professor não consiga dominar determinada ferramenta digital, pode juntar-se a outro num espaço síncrono ou assíncrono onde a inclusão de ideias, a adaptação e a colaboração com todos só vai trazer mais conhecimento e experiências novas e interessantes para o ensino/aprendizagem.


Salmon refere que as “e-atividades são importantes para o mundo da aprendizagem online porque implementam princípios bem planificados e pedagogias úteis para a aprendizagem” (p. 3). O mesmo autor apresenta-nos o seu modelo de 5 estágios da estrutura de trabalho para E-Atividades, que vai desde o início com as boas vindas (acesso e motivação) ao desenvolvimento final:








As E-atividades são sem dúvida uma mais valia para o ensino. Ainda no fórum da sala virtual assíncrona 1 referi isso mesmo e acrescentei que tem de haver uma adequação e planificação das E-Atividades de uma maneira pensada e adequada à turma. Conseguir planificar espaços temporais dentro da sala de aula por exemplo, utilizando a ferramenta Learning Designer utilizando a ferramenta Learning Designer. O Learning Designer permite planificar quais vão ser os espaços temporais, quantidade de alunos envolvidos nas atividades, e permitindo elaborar, por exemplo, uma aula híbrida, em que há recurso ao espaço físico e posteriormente, ao espaço digital, havendo uma continuidade da aula num paradigma que junta o analógico ao digital.



Referências Bibliográficas:

Gilly Salmon, E-tivities: The key to active online learning, 2022. London: Kogan Page


Goulão, Fátima; org. - Desenho de e-atividades para ambientes digitais. Lisboa: Universidade Aberta, 2024. 62 p. (eUAb. Educação a Distância e eLearning; 20). ISBN 978-972-674-964-6
Disponível em:
https://doi.org/10.34627/uab.ead.20


Goulão, Fátima; org. - Desenho de e-atividades para ambientes digitais. Lisboa: Universidade Aberta, 2024. 62 p. (eUAb. Educação a Distância e eLearning; 20). ISBN 978-972-674-964-6
Disponível em:
https://repositorioaberto.uab.pt/handle/10400.2/15842


Moreira, J., Henriques, S., Barros, D., Goulão, M. F., & Caeiro, D. (2020). Atividades de Aprendizagem Digital. Educação Digital em Rede: princípios para o design pedagógico em tempos de pandemia, pp. 40-47. Universidade Aberta.

Avaliação com recurso à Inteligência Artificial - Parte 5 - Debate e discussão de vários planos e ideias

 Creio que não será injusto referir que este foi de longe o debate que suscitou mais comentários, sendo por isso mais difícil criar um resum...