Como referi no fórum da sala virtual assíncrona 1, no dia 6/5/2024, ao inteirar-me das leituras desta Unidade 3 - Processos de Ensino e Aprendizagem Digital do Tema 1 - Recursos Educativos em Ambientes Digitais, pude refletir sobre a usabilidade das E-atividades, e como está provado que as mesmas podem melhorar o ensino/aprendizagem.
Há cada vez mais ferramentas digitais que podem ser usadas para a criação de E-atividades (e já algumas foram usadas nesta Pós-Graduação com sucesso). O que consigo aprender e refletir sobre a utilização das E-atividades é que elas para terem sucesso neste processo não devem somente ser usadas sem critério, apenas sob o pretexto de ser digital e por isso, fora de série. Ainda esta semana, enquanto encarregado de educação, recebi um convite para assinar uma petição a apelar ao cancelamento da utilização dos manuais digitais e ao regresso aos manuais em papel, com boas argumentações a desfavor da utilização do digital.
Acerca da petição, como tive a oportunidade de referir no fórum, não a assinei, pois não concordo com este retrocesso. Sem dúvida que os manuais digitais são uma mais valia para os espaços híbridos. Na minha ótica, não podem ser usados somente como uma substituição dos manuais em formato de papel, é também necessária uma formação mais ampla que possibilite mostrar mais potencial acerca da sua utilização e depois, acho que a todas as fases de transição se estabelecem estes desafios que acabam por definir diálogos e debates que posteriormente, até poderão acabar por melhorar os utilizadores e as próprias aplicações dos manuais digitais.
Creio que a transição digital que já está a ser desenvolvida passará por muitas reticências e por muitas interrogações que são normais num amplo debate consciencioso e responsável. Na minha opinião, o meio termo será sempre a perspetiva ideal, com bom senso. Assim, o termo hibridismo é aquele que me parece o mais equilibrado. A questão da literacia digital e das capacidades técnicas para saber lidar com a panóplia de recursos digitais que existem merece também uma reflexão. Sim, é importante saber utilizar tecnicamente as ferramentas, e eu como professor de Informática tenho o dever de não me deixar ficar para trás nesta questão da atualização técnica, mas a questão pedagógica é agora o ponto fulcral da utilização das E-atividades: saber quando as utilizar e saber acima de tudo planificar a sua utilização no âmbito de uma aula. Neste contexto chamou-me a atenção o
Learning Designer, uma ferramenta digital que permite que enquanto professores planificadores nos questionemos acerca das experiências de aprendizagens que estamos a planear fazer com os alunos através das E-atividades, planeando espaços temporais, alunos envolvidos, avaliação, e outros vários aspetos de um processo de aprendizagem.
Em suma, as E-atividades são uma mais valia no processo de aprendizagem, conferem uma lufada de ar fresco no ensino tradicional e devem ser bem planificadas e adaptadas ao público alvo a que se destinam, considerando a maturidade digital dos estudantes, literacias digitais, capacidades dos formandos para interagirem e colaborarem e conferindo um elemento de mais valia onde o já abordado paradigma onlife se insere.
Referências:
Recurso 1 e Recurso 2 - Atividades de Aprendizagens Digitais), Idalina Lourido Santos & Manuela Simões, 2024
https://elearning.uab.pt/mod/page/view.php?id=1048400
https://elearning.uab.pt/mod/page/view.php?id=1048401
Recurso 3 - Desenho de uma E-atividade, Idalina Lourido Santos & Manuela Simões, 2024
https://elearning.uab.pt/mod/page/view.php?id=1048403
Goulão, Fátima; org. - Desenho de e-atividades para ambientes digitais. Lisboa: Universidade Aberta, 2024. 62 p. (eUAb. Educação a Distância e eLearning; 20). ISBN 978-972-674-964-6
Disponível em: https://doi.org/10.34627/uab.ead.20
Moreira, J., Henriques, S., Barros, D., Goulão, M. F., & Caeiro, D. (2020). Atividades de Aprendizagem Digital. Educação Digital em Rede: princípios para o design pedagógico em tempos de pandemia, pp. 40-47. Universidade Aberta.