sábado, 13 de julho de 2024

Avaliação com recurso à Inteligência Artificial - Parte 5 - Debate e discussão de vários planos e ideias

 Creio que não será injusto referir que este foi de longe o debate que suscitou mais comentários, sendo por isso mais difícil criar um resumo das opiniões ou mesmo de tudo o que foi escrito no fórum (https://elearning.uab.pt/mod/forum/view.php?id=1053664), mas fica aqui um balanço geral com aquelas que foram as minhas ideias, reflexões e respostas aos meus colegas:

A colega Elisabete Picanço elaborou um Plano que consistia em elaborar uma proposta de vídeo de apresentação da comitiva da escola para os jogos desportivos escolares. O plano da colega foi avaliado pela IA e a conclusão da mesma foi o seguinte: “O plano de avaliação é bem elaborado, com uma estrutura sólida que cobre todos os aspetos essenciais para avaliar um projeto multimédia de forma eficaz. As sugestões de aprimoramento visam apenas potencializar ainda mais os benefícios deste plano, garantindo uma experiência de aprendizado completa e rica para os estudantes.” Mediante a resposta do Chat GPT ao seu plano bem como a sua análise escrevi o seguinte: 

"Bom dia, Elisabete.

Tive a ler o teu plano e a atividade planeada é muito interessante e a própria escola vai usufruir do seu resultado. As sugestões do Chat GPT visam melhorias bastante sugestivas, por exemplo em relação à inclusão da autoavaliação no resultado final, de forma aos alunos melhorarem o processo avaliativo. É claro que apesar de não teres escrito a autoavaliação no teu plano muito provavelmente a irias fazer. As conclusões e pareceres do ChatGPT são, como também dizes na tua reflexão, sempre úteis e dão sugestões que ajudam a melhorar o nosso trabalho e eu pessoalmente tenho de me render à maneira útil como nos pode ajudar no ensino."

O meu colega Pedro Augusto elaborou um plano referente a Montagem e Programação do Arduino como Sensor de Distância, para alunos do 9º ano. Na altura achei muito interessante e referi que Em relação à sugestão do ChatGPT em envolver os alunos no processo da definição dos critérios, creio que a IA teve em conta o facto de serem alunos mais velhos do que por exemplo os meus (de 7º ano), onde os alunos são mais responsáveis para definirem os seus próprios critérios. No meu caso esta sugestão não aconteceu, pelo que saliento a especificidade da IA na sugestão de medidas.

O colega Luís Costa elaborou um plano em que alunos de Robótica do 7º ano teriam  de construir um robô que funcione como um lutador de sumo. Na altura respondi ao seu plano, escrevendo gostei muito da sua atividade, está relacionada com o que eu tenho feito em Robótica no ano letivo passado. O seu prompt foi bastante inteligente e claro na procura por sugestões. Estou a gostar muito das respostas geradas pela IA, elas podem ser até certo ponto generalistas mas tenho lido aqui no fórum respostas muito interessantes mesmo, circunstancialmente, com sugestões que não me lembraria à partida. Quando elas surgem, de facto há muito feedback da IA que considero profícuo e de possível utilização e que eu poderia aproveitar. No caso da atividade do Luís, conhecendo do que se trata, destaco a atenção que o ChatGPT teve quando sugeriu relativamente à carga de trabalho e tempo: “Três aulas de 90 minutos podem ser insuficientes para um projeto desta complexidade, especialmente considerando a necessidade de testar e ajustar os robôs. Pode ser necessário mais tempo para garantir que todos os alunos consigam completar o projeto com sucesso.” De certo modo concordo com o que a IA sugeriu, pois eu próprio analisando algumas turmas de 7º ano da disciplina de Robótica, seria bastante provável que precisassem de mais tempo do que 3 aulas de 90 minutos para este projeto. Daí estar a achar fantástica a mais valia de obter estas sugestões por parte da IA. Muito bom.

A colega Liliana Pinto elaborou um plano para o 4.º ano, do 1.º Ciclo do Ensino Básico, e na altura referi que de facto era uma atividade à qual não era a “minha praia” pelo público alvo a que se destina e por ser de ensino básico, que não percebo muito, não obstante, muito interessante. Referi que neste caso, não sei se a IA teve a “inteligência” de verificar a jogabilidade do site que foi fornecida no plano, apenas referiu que os sites “tornam o aprendizado mais envolvente e interativo”. Seria preciso que fosse capaz de entrar no site e verificar o jogo. Neste caso, não sugeriu nada de novo, apenas analisou o plano elaborado mas reforçou e até acrescentou informação à criação do próprio plano, o que no meu caso daria uma grande ajuda.

A colega Maria Joana Fonseca elaborou um plano para alunos do 5º ano e para a disciplina de Inglês. Na altura escrevi o seguinte: “Em relação ao feedback do ChatGPT, fiquei mesmo surpreendido com as suas sugestões de melhoria, não sei se a colega poderá concordar comigo por ser mais especializada na matéria mas no meu caso, talvez por não ser a minha área, aproveitaria imensa informação daquilo que foi sugerido. O cuidado que a IA teve com a questão do tempo e a própria justificação é quase humana e certamente muito mais especificada do que eu conseguiria prever. A sugestão da atribuição de fichas de apoio é fantástica, com a devida justificação de serem estratégias de reforço. Em suma, para mim, foi uma resposta muito construtiva e eu certamente aproveitaria muitas das suas sugestões.”

O colega Jorge Fonseca elaborou um plano para uma formação em empreendedorismo, direcionada para alunos do ensino superior, na qual será utilizada uma abordagem heutagógica. É uma formação ambiciosa, com algumas semelhanças com a nossa pós graduação. O Chat GPT deu boas sugestões, com pontos positivos e negativos, nalguns casos um ponto positivo pode ter também a sua parte menos boa, salientando a questão do blog: se por um lado o Chat GPT considera que “O uso de blogs e fóruns promove o envolvimento ativo dos alunos e a reflexão contínua sobre o aprendizado” por outro lado refere que a “manutenção de um blog, participação em fóruns e criação de vídeos, pode ser sobrecarregante para alguns alunos, especialmente em uma formação assíncrona onde a auto-gestão do tempo é crucial”. Portanto uma vez mais, não me querendo estar a repetir, há que apontar a IA como uma enciclopédia de informações que até são bem cruzadas, são analisadas e bem referidas, no final, é o professor que decide o que fazer perante o curso, o público alvo e de acordo com a sua experiência, e já agora, com a sua sensatez.

Muito mais foi dito no fórum, penso que excedeu todas as expectativas e elevou a minha mente para a utilização da IA na avaliação e no decurso das minhas futuras aulas. Acima de tudo, como respondi no fórum ao colega Luís Costa, é interessante usar o ChatGPT no âmbito das aulas, acho que é um marco que para o bem e para o mal vai mudar a nossa sociedade, e a educação não é exceção. Também tem sido interessante verificar que para perguntas um pouco diferentes as respostas podem ser bem díspares, apesar do objetivo final pretendido ser o mesmo. Mas, também os humanos não nos percebem bem se não os inquirirmos da forma correta, portanto como podemos julgar isso?

Ficou assim bem patente que a boa utilização da IA pode ser uma mais valia para o professor, às vezes, mais que uma ferramenta de auxílio, uma “opinião” válida baseada em milhões de dados e de informações cruzadas e analisadas. Também ficou bem claro que o professor, no final, é um elemento curador e responsável por decidir a implementação de todas estas ferramentas com o seu espírito crítico, capacidade de julgamento e sempre tendo em conta o público alvo que está à sua frente, nunca descurando que se tratam de humanos diferenciados na qual cada recurso terá de ser sempre bem tratado e humanizado.


quinta-feira, 11 de julho de 2024

Avaliação com recurso à Inteligência Artificial - Parte 4 - Debate e discussão ao meu Plano

Tendo deixado a minha reflexão crítica ao parecer da IA, muitos dos meus colegas debateram o meu plano, referente à elaboração de um jogo no Scratch, atividade para 3 aulas de 90 minutos de Robótica do 7º ano, refletindo assim sobre o mesmo, o que gerou uma discussão muito produtiva e com excelentes ideias:







Avaliação com recurso à Inteligência Artificial - Parte 3 - A minha reflexão à análise da IA ao meu plano

Centrando-me nas sugestões do ChatGPT, tenho a referir que estou surpreendido pela positiva com as suas conclusões, que sem dúvida, trouxeram sugestões positivas e críticas ao meu trabalho. Nunca tinha pensado até ao momento usar o ChatGPT para avaliar o meu próprio trabalho e tenho de reconhecer que a integração da IA visa melhorar significativamente o desenvolvimento do meu plano de avaliação. Por exemplo, no ponto 1, que foi o que achei mais interessante, o ChatGPT menciona que deveria ter detalhado mais as estratégias e ferramentas específicas que serão usadas para apoiar os alunos durante o desenvolvimento do projeto e reconheço que poderia ter sido mais detalhado, sendo mais específico no tipo de ferramentas de apoio (que não referi). Existem outros pontos que apesar de não ter referido no plano, sei que iria fazer, como por exemplo o ponto 3 (inclusão de elementos concretos e exemplos). Digo isto porque quando desenvolvo atividades similares, por norma dou sempre exemplos de vários jogos já elaborados, dos seus pontos fortes e apresento um pouco do código desenvolvido de forma aos alunos tirarem algumas ideias, antes de iniciarem o seu próprio projeto. Finalizando, pontos como a diversificação dos critérios de avaliação ou a elaboração dum plano de contingência (para alunos que não consigam terminar o projeto tão bem ou que não consigam individualmente atingir os objetivos) são sugestões mais do que bem vindas e realistas dentro da própria essência do projeto.

De resto, procurei planificar uma atividade que “facilitasse ao estudante um processo de feedback para a melhoria da sua forma de aprendizagem”, estruturando a avaliação, “a partir dos objetivos e das competências que o estudante deverá adquirir”.


Referências:


Moreira, José António; Henriques, Susana; Barros, Daniela; Goulão, Maria de Fátima; Caeiro, Domingos. (2020). Educação Digital em Rede: Princípios para o design pedagógico em tempos de pandemia. Lisboa, Portugal.


Avaliação com recurso à Inteligência Artificial - Parte 2 - Resposta do chat GPT 4.0

 Submetendo o meu plano ao chat GPT 4.0 foi com enorme surpresa que verifiquei uma série de sugestões válidas, com descrição de pontos fortes e pontos fracos, e uma análise detalhada do meu plano:

Avaliação com recurso à Inteligência Artificial - Parte 1 - Plano de avaliação de uma atividade

 No Tema 2: Planificação da avaliação digital - Métodos e instrumentos de avaliação digital, referente à Unidade Curricular 5 - Avaliação Digital, ministrada pelas docentes Angélica Monteiro e Ana Machado, foi-nos proposto uma discussão acerca da avaliação com recurso à IA. Assim, as professoras da Unidade propuseram que fosse desenhado um plano de avaliação de uma atividade a desenvolver num nível de ensino à sua escolha, que respondesse a várias questões. Aceitei o desafio, criando assim a minha atividade. Como fui professor de Robótica do 7º ano no ano transato, pensei no desenvolvimento de um jogo para três aulas de 90 minutos. Assim, o meu plano foi o seguinte:





quarta-feira, 10 de julho de 2024

Avaliação digital - rubricas, inovação do professor e o possível caos na informação digital

 Finalizando a sala virtual assíncrona 1, respeitante à Unidade Curricular 5 - Avaliação Digital, ministrada pelas docentes Angélica Monteiro e Ana Machado, tenho ainda a referir algumas opiniões que teci, que tem a ver com uma ideia concreta que o colega Luís Costa lançou que se relaciona com alguma dificuldade que o professor pode ter em avaliar mediante certas rubricas mais ambíguas. Assim, referi no fórum que na minha opinião, a verdade é que por mais grelhas de observação que possamos fazer, o resultado final da avaliação que apresentamos vai trazer sempre aquela questão de "Poderia ter avaliado melhor?". Não há dúvida, contudo, que esses parâmetros vem ajudar e se o aluno estiver clarificado tanto melhor. Por isso é que o conceito de feedback é uma grande ajuda e uma grande valia no processo, pois esse diálogo com o aluno vem clarificando as suas próprias expetativas. Por mais mais específicos que possam ser, certos termos acabam por no final trazer aquele sentimento de que ainda assim, são vagos.

A colega Liliana Pinto referiu uma ideia em que debateu que as maiores dificuldades em inovar vêm dos professores mais novos, o que não acaba por ser curioso. Eu referi no fórum que também tenho essa ideia, ou melhor, não acho que a idade do professor, velho ou novo, tenha grande impacto na inovação do mesmo. O professor deve ter vocação. E quando a tiver, certamente vai procurar inovar, melhorar, e não estagnar. Se o seu processo de ensino é bom e merece ser mantido tanto melhor. Se há inovações tecnológicas que podem não trazer nada de impactante para um processo de ensino/aprendizagem para um determinado público alvo também posso concordar. Portanto, nem tudo é mau no professor "new age", pelo contrário, contudo esse próprio professor será capaz, dado o seu interesse em melhorar em prol dos alunos, de inovar.

Finalizando, a questão muito pertinente do caos da informação, que foi lançada pelo colega Pedro Augusto. Em relação a isso, tive a oportunidade de escrever o seguinte: Esse caos de informação que pode imperar tipicamente no ensino digital pode no paradigma onlife que temos vindo a testar, vir a ser uma constante. Nesse contexto, apesar do caos, a informação que vai surgir em excesso pode ser mais aproveitada por um educando do que por outro e vice-versa. O papel do professor pode, com as utilizações do feedfoward que e com o feedback, traduzir-se no caminho que se pretende, encaminhando o aluno. Mas esse excesso de informação que pode trazer algum caos pode também levar a todos à aprendizagem, professor incluído. Acho que não há exemplo melhor de onde isso pode acontecer do que no ensino digital.


Ficaria assim fechada a sala virtual 1, muito enriquecida com as opiniões de todos, em que o papel da avaliação sumativa e a avaliação formativa foram amplamente debatidos, ressalvando a importância do feedback aliado ao feedfoward


Referências: 

Machado, E. A. (2021). Feedback. Folha de apoio à formação - Projeto de Monitorização, Acompanhamento e Investigação em Avaliação Pedagógica (MAIA). Ministério da Educação/Direção-Geral da Educação. Pinto, J. & Santos, L. (2006). A avaliação numa perspectiva formativa. In J. Pinto & L. Santos, Modelos de Avaliação das Aprendizagens (pp. 97-128). Lisboa: Universidade Aberta.


Pinto, J. & Santos, L. (2006). A avaliação numa perspectiva formativa. In J. Pinto & L. Santos, Modelos de Avaliação das Aprendizagens (pp. 97-128). Lisboa: Universidade Aberta.


Pestana, F., & Cardoso, T. (2021). Como avaliar com Tecnologias Educacionais em Rede? Dimensões de uma estratégia num Ambiente Virtual Aberto de Aprendizagem. RE@D – Revista de Educação a Distância e eLearning, 4(2), 61-76.

terça-feira, 2 de julho de 2024

Questões sobre o Ensino Profissional e os critérios para avaliar uma atividade autêntica

Ainda referente ao primeiro fórum respeitante à Unidade Curricular 5 - Avaliação Digital, ministrado pelas docentes Angélica Monteiro e Ana Machado, surgiu de forma natural o tema sobre as atividades autênticas, onde o colega Pedro Augusto deu o seu contributo e opinião sobre o Ensino Profissional, área em que o colega tem vindo a especializar-se ao longo de todos estes anos. O Pedro referiu a especificidade do Ensino Profissional, onde nem todos os alunos vão ser ou têm de ser Engenheiros ou Doutores, como referiu, questionando: “Estaremos tão "rígidos" assim para não potenciar as diferentes vocações?”
Como professor do Ensino Profissional, procurei também dar o meu contributo, salientando o artigo sobre avaliação digital de Isolina Oliveira e Alda Pereira, tendo, após leitura atenta ao artigo, elaborado este esquema que resume sucintamente os critérios para uma atividade autêntica:




Efetivamente, ao contrário de outros países onde o Ensino Profissional filtra muitos dos melhores alunos, especializando-os nas suas apetências, tal não acontece no nosso sistema, na maior parte dos casos, onde os alunos são inseridos em cursos sem vocações, ora por falta de oferta, ora por necessidade de somente “fazer número”. Para finalizar, a autenticidade que é referida no artigo, traça uma relação com o mundo real, o mundo do trabalho, o mundo do saber fazer, o mundo “autêntico”, onde a avaliação digital autêntica vem “configurar os contextos para o desenvolvimento das competências desejáveis na sociedade atual”.
 
Referências:

Oliveira, Isolina e Pereira, Alda (2021). Avaliação digital autêntica: questões e desafios. RE@D - Revista de Educação a Distância e Elearning, Volume 4, Número 2.

terça-feira, 25 de junho de 2024

Avaliação Digital - Conceitos de Avaliação sumativa, avaliação formativa e feedback

No que diz respeito à Unidade Curricular 5 - Avaliação Digital, ministrado pelas docentes Angélica Monteiro e Ana Machado, a Unidade iniciou-se no dia 11 de junho, e, após as leituras e análises aos recursos disponibilizados, o fórum iniciou o seu desenvolvimento no dia 17 de junho e como tem ocorrido ao longo desta Pós-Graduação, os colegas estiveram ao rubro com as suas opiniões e análises, pontos e contrapontos, e creio que se desenvolveu um diálogo extremamente enriquecedor relativamente ao tema desta Unidade 5 que era sobre a avaliação digital. Assim sendo, as professoras iniciaram o debate com várias questões e foram elas as seguintes:



“Com base na leitura dos recursos consultados, responda às seguintes questões:

- Quais as caraterísticas da avaliação formativa x sumativa e quais as intencionalidades pedagógicas subjacentes a cada tipo de avaliação? Quais as possíveis relações entre os dois tipos de avaliação?

- Que tipos de feedback e qual a importância deste elemento na avaliação digital?”



Comecei por dar uma resposta direta às perguntas em questão, fazendo uma abordagem inicial dos dois tipos de avaliação referidas (formativa e sumativa), abordando após a questão do feedback:

“Bom dia,

Tentando responder a algumas das questões colocadas referentes à avaliação formativa, sumativa e ao feedback,

A avaliação formativa visa contribuir para as aprendizagens do aluno; vai ser sempre uma avaliação contínua e tida em conta ao longo das aprendizagens e competências que vão sendo mobilizadas ao longo do processo de ensino.

A avaliação sumativa avalia as aprendizagens, apresentando um balanço pontual que clarifica os alunos, dando feedbacks integrados.

Ambas as avaliações descritas contemplam o feedback, sendo que na avaliação sumativa este será mais integrado e realizado mais numa fase final dos processos de ensino/aprendizagem. Na avaliação formativa, o feedback permite aos alunos situarem-se no seu processo de aprendizagem bem como auto regularem-se, sendo que facilita todo o processo de aprendizagem.

O feedback reveste-se assim de uma crucial importância, fornecendo aos alunos informações de onde estão e para onde devem ir e deve ser traçado com o reforço positivo, orientando o processo de ensino e aumentando o grau de envolvimento dos alunos.”



Ainda neste mesmo dia, a colega Elisabete Picanço aprofundou muito bem a questão do feedback, com referências a Pinto, L., no documento “A avaliação numa perspetiva formativa”, referindo ainda anteriormente a questão da dificuldade que é avaliar, ao qual tentei dar seguimento, comentando e referindo também a honestidade que traz o feedback ao processo de ensino/aprendizagem e como mais valia que é para o processo da avaliação:







Posteriormente, abordei o conceito da avaliação digital como englobante destes três recursos analisados escrevendo o seguinte:


“Temos estado aqui a aprofundar estes três pilares da avaliação que são a avaliação formativa, avaliação sumativa e o feedback e é seguro afirmar que a avaliação digital vem englobar estes três conceitos de uma só vez. A avaliação digital, através das suas ferramentas, vem facilitar e promover a aprendizagem, pois promove e motiva os alunos de uma forma instantânea, não fosse a mesma, se assim pretendida, também automática. Posso por exemplo dar o exemplo do Moodle, em que o aluno, perante um questionário obtém feedback instantâneo. Também no Classroom é possível aos alunos elaborarem trabalhos que são automaticamente avaliados diretamente ou indiretamente pelo professor, que acede aos mesmos de forma instantânea, podendo dar feedback através de comentários, fazendo sugestões, e se assim entender, avaliar de forma formativa, para depois, seguir para a avaliação sumativa.”



Desta forma, e também com o contributo dos colegas, estava dado o mote para estes três conceitos da avaliação, que são a avaliação formativa, a avaliação sumativa e o feedback, que tão úteis e clarificadores podem ser na avaliação e, no caso específico da avaliação digital, sublinharia ainda mais o feedback, especificando-o como essencial. E comentarei no meu post seguinte, há a acrescentar o conceito de feedfoward. Todos estes conceitos se estruturam na avaliação digital a partir dos conteúdos, dos objetivos e das competências que o estudante deverá adquirir. Como referiu a professora Ana Machado em resposta ao meu primeiro comentário na sala de aula virtual 1, “O facto de o estudante saber realizar ou desenvolver uma atividade, mobilizando o conteúdo, traduz-se evidentemente numa competência”.



Referências: 

Machado, E. A. (2021). Feedback. Folha de apoio à formação - Projeto de Monitorização, Acompanhamento e Investigação em Avaliação Pedagógica (MAIA). Ministério da Educação/Direção-Geral da Educação. Pinto, J. & Santos, L. (2006). A avaliação numa perspectiva formativa. In J. Pinto & L. Santos, Modelos de Avaliação das Aprendizagens (pp. 97-128). Lisboa: Universidade Aberta.


Pinto, J. & Santos, L. (2006). A avaliação numa perspectiva formativa. In J. Pinto & L. Santos, Modelos de Avaliação das Aprendizagens (pp. 97-128). Lisboa: Universidade Aberta.


Pestana, F., & Cardoso, T. (2021). Como avaliar com Tecnologias Educacionais em Rede? Dimensões de uma estratégia num Ambiente Virtual Aberto de Aprendizagem. RE@D – Revista de Educação a Distância e eLearning, 4(2), 61-76.

sábado, 15 de junho de 2024

A Inteligência Artificial

O tema da Inteligência Artificial foi muito debatido, o que faz sentido numa era digital e onde se discutem estratégias pioneiras para o ensino. No debate, referi que o professor não está limitado às aulas que tem de dar mas a um conjunto de burocracias, relatórios, projetos e avaliações. Talvez com o aprofundamento do recurso ao ensino digital tudo isto se possa facilitar. O próprio conceito de tempo no paradigma Onlife pode ser aqui visto de uma outra forma e a Inteligência Artificial vem trazer ferramentas para aprimorar as nossas tarefas, daí que vejo os recursos digitais como mais valias para a otimização do nosso trabalho.


Nesse âmbito e na questão da responsabilidade do professor em fazer uma boa curadoria e de usar a IA para gerar imagens a seu pedido, partilhei um exemplo cómico de um pedido à IA para a criação de uma imagem que relatava o Bill Gates a instalar o Windows (janelas) (Bill Gates installing Windows). É claro que isto  foiuma piada, mas reflete de certo modo que o professor não passa a ser ignorante com a chegada da IA, pelo contrário, ele detém o conhecimento para utilizar a IA da forma correta de maneira a que ela gere o pretendido muito rapidamente, com eficácia e sem erros como este abaixo.


Ainda no debate, acrescentei algo que julgo que se enquadra no que os meus colegas estavam a comentar sobre o tema que tem a ver com o que disse numa entrevista ao New York Times, o Ted Sarandos (co-CEO da Netflix), citando: “A Inteligência Artificial não vai substituir o teu trabalho. A pessoa que usar bem a Inteligência Artificial é que provavelmente vai substituir o teu trabalho.” 






Também numa sessão síncrona o tema da IA foi debatido como um potencial mecanismo de ajuda aos professores. O professor J. A. Moreira referiu a IA como um elemento facilitador do ensino e deu o exemplo de como a IA pode ajudar a economizar o tempo dos professores, que é ao longo dos tempos uma enorme razão de queixa por toda a unidade docente. Também sobre a questão do vídeo se analisou como a IA virá facilitar a questão de todo o processo de edição, deixando as tarefas mais técnicas para a própria IA e deixando para os professores a tal questão da curadoria, de saberem seleccionar corretamente, planificando o vídeo de acordo com o planeado para a aula, introduzindo assim o vídeo como um elemento que visará num processo bem planeado, trazer uma enorme mais valia ao ensino, por todos os motivos já analisados nesta Unidade Curricular 4.



Referências:

Yahoo! (2024). https://es-us.vida-estilo.yahoo.com/ted-sarandos-codirector-ejecutivo-netflix-123700418.html

Modelo Pedagógico para Desenvolvimento de Atividades Centradas na Desconstrução de Imagens em Movimento


No Tema 2 - Modelo Pedagógico para a desconstrução de imagens em movimento da Unidade 4 - Tecnologias de Imagem, Áudio e Vídeo, o professor J. A. Moreira, fala-nos através de um vídeo no Youtube, de um modelo que desencadeia uma série de atividades que se vão desenvolvendo para alcançar os objetivos. Todos os formandos da Pós-Graduação tiveram a oportunidade de comentar e debater sobre esse modelo, dando a sua opinião.







Assim, como nos relata o professor, são cinco os pilares fundamentais do Modelo Pedagógico para desenvolvimento de atividades centradas na desconstrução de imagens em movimento:








Em relação ao primeiro pilar fundamental do Modelo, o professor, J. A. Moreira refere a importância do cariz humanista nas experiências educacionais, ou seja, a importância do professor e do aluno. Uma vez mais, é neste prisma que a Inteligência Artificial não vai, pelo menos por agora, substituir os humanos e a sua componente humana, por mais tecnologia que exista. Como o orador diz, “as tecnologias não são os elementos nucleares mas sim elementos mediadores importantíssimos porque estamos a utilizar uma educação digital…”.


Em relação à construção que se consegue com a colaboração, tive a oportunidade de comentar que a colaboração entre todos os intervenientes num modelo pedagógico só o enriquece, transforma e o faz evoluir. Infelizmente não é isso que se passa em muitos casos reais, pois ainda vemos o professor a trabalhar muito para si mesmo mas julgo que quando mais digitalizado for o ensino, mais isso tenderá a não ocorrer, pela própria facilidade de partilha de materiais e conhecimentos, senão veja-se o modelo aberto que temos nesta Pós-Graduação, onde tudo é discutido de forma aberta, onde é permitido retirarmos ideias dos Portefólios dos nossos colegas e onde a entreajuda é sempre presente.


Em relação ao quarto princípio do Modelo Pedagógico, é-nos trazida a perspetiva da vantagem da utilização de diferentes formatos. Esta diversificação de multiliteracias assume diferentes perspetivas de formatos multimédia e diferentes panoramas audiovisuais e esta multiplicidade de recursos vai enriquecer o desenvolvimento das atividades. Tive a oportunidade de referir no debate a questão da tarefa árdua que os professores vão ter de fazer para desenvolver materiais digitais mas a questão da diversificação e que pode ser atenuada com os princípios atrás referidos, ou seja, a aprendizagem colaborativa e a aprendizagem baseada na interação.


Finalmente, em relação à aprendizagem baseada na flexibilidade acaba por ser também um exemplo daquilo que tem sido a nossa Pós-Graduação pois a disponibilidade temporal do estudante é tida em conta, e a comunicação assíncrona possibilita isso mesmo, dando a oportunidade ao estudante para se inteirar das leituras dos recursos disponibilizados, processamento da informação e após isso, a reflexão e diálogo nas salas assíncronas.


Referências:


Moreira, J. A. (2017). A Pedagogical Model to Deconstruct Moving Pictures in Virtual Learning Environments and its Impact on the Self-concept of Postgraduate Students. Journal of e-Learning and Knowledge Society, 13(1), 77-90

sexta-feira, 7 de junho de 2024

Conclusões Pós debate na sala Sala de Aula Virtual sobre a Linguagem Audiovisual


No âmbito da Unidade Curricular 4 - Tecnologias de Imagem, Áudio e Vídeo, no Tema 1 - "A linguagem audiovisual e o seu potencial em ambiente educativo", lecionadas pelos professores José António Moreira e Magda Teixeira, foi lançada uma questão no pertinente à qual eu e os meus colegas tentamos responder, debatendo sobre o assunto de uma forma muito interessante. A questão era: "Faz sentido, no contexto atual do paradigma da educação digital em rede, incorporar a linguagem audiovisual e desenvolver pedagogia (s) da imagem?"

Tentei então responder, abrindo o debate e dei a seguinte opinião:


Se os alunos estão em constante contacto com a linguagem audiovisual, faz todo o sentido que se faça este acompanhamento indo ao encontro dos seus interesses numa perspetiva apelativa. Não obstante, o mundo do audiovisual está, ainda que sempre presente na nossa sociedade, longe de ser acessível ao professor atual do ponto de vista da criação de recursos, em comparação e contraste com o ensino de papel e caneta. Aqui, há que admitir que vai ser necessária formação de qualidade para os professores, para que esta criação de recursos audiovisuais e de análises iconográficas seja feita num âmbito de sensibilização para a importância da utilização dos recursos que contém esta linguagem audiovisual, daí a formação para uma “literacia audiovisual”, como nos fala J. António Moreira no seguinte vídeo:






Contudo, a evolução da tecnologia não pára nem um segundo e eu lancei uma questão relacionada com a concentração dos alunos que se prende com a própria utilização destes recursos audiovisuais: os vídeos que eles vêem estão cada vez mais curtos e sucintos. Até isto é um desafio para o professor. Em suma, esta pedagogia da imagem deve ser utilizada num contexto se encontrar no mundo dos alunos e visando promover a sua educação, trazendo com isso mais valias, gerando reflexões e de uma forma construtiva, possibilitar uma educação moderna, ligada ao audiovisual.


Nessa perspetiva, os meus colegas deram respostas e enquadramentos muito pertinentes sobre a questão do tamanho dos vídeos e sobre a pedagogia da imagem bem como os desafios e contrariedades que tendem a existir neste mundo do enquadramento do audiovisual no ensino.


Menciono a resposta do meu colega Pedro Paulo, que deu uma resposta muito positiva em relação ao que acha sobre o assunto, que achei pertinente partilhar:




Por outro lado, a colega Marisa Sousa, deu a sua opinião, fundamentada, e aborda uma questão que eu se calhar não tinha pensado bem e que me fez refletir. De facto, no ensino os alunos vão variar os nossos instrumentos motivadores na sala de aula, e estes podem resultar para determinados público-alvo, ou não. Deixo aqui a opinião da colega e a minha resposta:



Também no fórum, achei importante referenciar “A Framework for Film Education”, que aborda o conceito de literacia fílmica que, não pretende standardizar o conceito de cinema na educação, mas sim criar modelos práticos, adaptados à realidade das necessidades e interesses de cada país, na Europa.



Este documento visa inspirar e preparar as pessoas em toda a Europa para que possam aceder, desfrutar, compreender, criar, explorar e compartilhar filmes em todas as suas formas ao longo das suas vidas e pode ser consultado aqui:



Referências:


Moreira, J. António, Tópico 1 - A linguagem audiovisual e o seu potencial em ambiente educativo. Youtube, 18/05/2017. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=2qUUsm5X1SA


“A Framework for Film Education”, vários contribuidores. Disponível em: https://www2.bfi.org.uk/screening-literacy-film-education-europe


quinta-feira, 6 de junho de 2024

Modelo pedagógico para a desconstrução de imagens em movimento (vídeo)

No âmbito da Unidade Curricular 4 - Tecnologias de Imagem, Áudio e Vídeo, lecionadas pelos professores José António Moreira e Magda Teixeira, foi abordada a importância do recurso audiovisual no ensino. Desta forma, não podia deixar passar a oportunidade de criar um pequeno vídeo que resume de forma muito sucinta o Modelo pedagógico para a desconstrução de imagens em movimento proposto por J. António Moreira (2017).





Referências:

Moreira, J. A. (2017). A Pedagogical Model to Deconstruct Moving Pictures in Virtual Learning Environments and its Impact on the Self-concept of Postgraduate Students. Journal of e-Learning and Knowledge Society, 13(1), 77-90


quarta-feira, 5 de junho de 2024

O planeamento e a criação de recursos audiovisuais e as possibilidades didáticas de Ferrés

Abordando a Unidade Curricular 4 - Tecnologias de Imagem, Áudio e Vídeo, analisamos assim as possibilidades do audiovisual no ensino.

Por mais que o professor seja competente na criação de recursos audiovisuais, se não obedecerem a critérios pedagógicos e não tiverem objetivos definidos, não vão alcançar os objetivos pretendidos no processo de ensino/aprendizagem. Por exemplo, a introdução de um filme no início da aula para depois se efetuar uma análise, crítica, reflexão ou debate será uma metodologia a analisar consoante os objetivos pretendidos, a turma em questão e a planificação cuidada da aula. O recurso audiovisual pode assim ser assumido como um recurso pedagógico, se bem estruturado, planeado e apoiado. Um outro exemplo que é uma ficha de visualização de um filme, visará que os alunos façam uma análise/resumo do que viram, criando reflexões sobre o tema do filme. Mais do que isso, como é descrito por si mesmo no documento “Linguagem cinematográfica e audiovisual em contexto educativo”, “o vídeo deve ser entendido na sua dupla vertente de objeto de estudo e de recurso pedagógico” (Moreira, pp. 8). Neste seguimento, o autor aborda as possibilidades didáticas de Ferrés, sendo elas as seguintes:



 

Há portanto que definir um modelo pedagógico, adequá-lo à turma/público-alvo em questão, de modo a que a atividade utilizada com o recurso ao audiovisual seja "motivadora, envolvente e intencional", promovendo a aprendizagem.



Referências:


Moreira, J. A. (2021). Linguagem cinematográfica e audiovisual em contexto educativo. São Carlos: Grupo Horizonte – UFSCar.

FERRÉS, J. Vídeo e Educação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.

terça-feira, 4 de junho de 2024

Inovação disruptiva vs inovação sustentada



Na Unidade 3 - Processos de Ensino e aprendizagem Digital, ministradas pelas docentes Idalina Lourido e Manuela Simões, aquando do Tema 2 - Modelos Pedagógicos e Estratégias de Ensino e Aprendizagem, foi-nos introduzido uma aplicação que desconhecia. O software Hypothes.is é um software de anotação de texto baseado na Web. Foi possível a todos os formandos discutirem e debaterem a questão da inovação sustentada vs inovação disruptiva, comentando o artigo de Clayton M. Christensen, Michael B. Horn e Heather Staker intitulado "Ensino Híbrido: uma Inovação Disruptiva? Uma introdução à teoria dos híbridos", de maio de 2023. Nesse seguimento, comecei por referir que, de acordo com a minha perspetiva, a inovação sustentada tende a ser mais “segura” no seu próprio conceito de inovação, e como tal, mais lenta a evoluir, contudo, sustenta um padrão que já de si tem provas dadas. Terá a desvantagem de, perante um conceito inovador, demorar a adaptar-se a ele, mesmo que esse conceito possa melhorar muito a educação.





A inovação disruptiva, tenderá a introduzir novos conceitos menos testados de uma forma mais agressiva, que não quer dizer que estejam errados, visará uma melhoria do ensino arriscando conceitos que podem não dar as melhores respostas a curto prazo e vai gerar menos consensos também.

A inovação disruptiva tenderá a introduzir novos conceitos menos testados de uma forma mais agressiva mas mais baratos, mais simples e supostamente mais práticos, visando uma inovação que acaba por ser um risco no sentido que pode não conseguir singrar mas que por outro lado pode ser genial.

As duas visam evoluir e inovar e eu julgo que serão ideais perante públicos-alvos diferentes, em sociedades diferentes, isto é, uma inovação será mais adequada para determinada sociedade e vice-versa. E assim, também se vai dando esta evolução entre as duas inovações, a sustentada e disruptiva, em que os conceitos inovadores que se vão introduzindo se vão testando aos poucos e com isso, obtendo conclusões.


Referências:
Moreira, J. A., & Horta, M. J. (2020). Educação e ambientes híbridos de aprendizagem. Um processo de inovação sustentada. Revista UFG, 20. https://doi.org/10.5216/revufg.v20.66027

segunda-feira, 3 de junho de 2024

Os 5 estágios da estrutura de trabalho de Salmon para E-Atividades

Ainda no balanço das temáticas discutidas no fórum da sala virtual assíncrona 1 da Unidade 3 - Processos de Ensino e Aprendizagem Digital do Tema 1 - Recursos Educativos em Ambientes Digitais, no dia 9 de maio, referi que Salmon aborda a importância para que os professores devem estar preparados para a utilização de e-atividades em ambientes pedagógicos online. Isso permitirá uma melhoria das capacidades técnicas do domínio do digital, das fluências digitais e em suma vem trazer um enriquecimento que engrandece a literacia digital de cada professor. Contudo, no fórum, também fiz o contraponto referindo que há fenómenos culturais e sociológicos que podem atenuar esse desenvolvimento. Por outro lado, nem todos os professores estão dispostos a essa mobilização de conhecimentos e atualização contínua. Acho também que é impossível o domínio de todas as ferramentas digitais inerentes às E-atividades mas penso que com a colaboração entre os profissionais vai ser sem dúvida uma grande mais valia: mesmo que um professor não consiga dominar determinada ferramenta digital, pode juntar-se a outro num espaço síncrono ou assíncrono onde a inclusão de ideias, a adaptação e a colaboração com todos só vai trazer mais conhecimento e experiências novas e interessantes para o ensino/aprendizagem.


Salmon refere que as “e-atividades são importantes para o mundo da aprendizagem online porque implementam princípios bem planificados e pedagogias úteis para a aprendizagem” (p. 3). O mesmo autor apresenta-nos o seu modelo de 5 estágios da estrutura de trabalho para E-Atividades, que vai desde o início com as boas vindas (acesso e motivação) ao desenvolvimento final:








As E-atividades são sem dúvida uma mais valia para o ensino. Ainda no fórum da sala virtual assíncrona 1 referi isso mesmo e acrescentei que tem de haver uma adequação e planificação das E-Atividades de uma maneira pensada e adequada à turma. Conseguir planificar espaços temporais dentro da sala de aula por exemplo, utilizando a ferramenta Learning Designer utilizando a ferramenta Learning Designer. O Learning Designer permite planificar quais vão ser os espaços temporais, quantidade de alunos envolvidos nas atividades, e permitindo elaborar, por exemplo, uma aula híbrida, em que há recurso ao espaço físico e posteriormente, ao espaço digital, havendo uma continuidade da aula num paradigma que junta o analógico ao digital.



Referências Bibliográficas:

Gilly Salmon, E-tivities: The key to active online learning, 2022. London: Kogan Page


Goulão, Fátima; org. - Desenho de e-atividades para ambientes digitais. Lisboa: Universidade Aberta, 2024. 62 p. (eUAb. Educação a Distância e eLearning; 20). ISBN 978-972-674-964-6
Disponível em:
https://doi.org/10.34627/uab.ead.20


Goulão, Fátima; org. - Desenho de e-atividades para ambientes digitais. Lisboa: Universidade Aberta, 2024. 62 p. (eUAb. Educação a Distância e eLearning; 20). ISBN 978-972-674-964-6
Disponível em:
https://repositorioaberto.uab.pt/handle/10400.2/15842


Moreira, J., Henriques, S., Barros, D., Goulão, M. F., & Caeiro, D. (2020). Atividades de Aprendizagem Digital. Educação Digital em Rede: princípios para o design pedagógico em tempos de pandemia, pp. 40-47. Universidade Aberta.

quinta-feira, 16 de maio de 2024

As E-atividades e a sua mais valia no processo de ensino/aprendizagem

Como referi no fórum da sala virtual assíncrona 1, no dia 6/5/2024, ao inteirar-me das leituras desta Unidade 3 - Processos de Ensino e Aprendizagem Digital do Tema 1 - Recursos Educativos em Ambientes Digitais, pude refletir sobre a usabilidade das E-atividades, e como está provado que as mesmas podem melhorar o ensino/aprendizagem.

Há cada vez mais ferramentas digitais que podem ser usadas para a criação de E-atividades (e já algumas foram usadas nesta Pós-Graduação com sucesso). O que consigo aprender e refletir sobre a utilização das E-atividades é que elas para terem sucesso neste processo não devem somente ser usadas sem critério, apenas sob o pretexto de ser digital e por isso, fora de série. Ainda esta semana, enquanto encarregado de educação, recebi um convite para assinar uma petição a apelar ao cancelamento da utilização dos manuais digitais e ao regresso aos manuais em papel, com boas argumentações a desfavor da utilização do digital.



Acerca da petição, como tive a oportunidade de referir no fórum, não a assinei, pois não concordo com este retrocesso. Sem dúvida que os manuais digitais são uma mais valia para os espaços híbridos. Na minha ótica, não podem ser usados somente como uma substituição dos manuais em formato de papel, é também necessária uma formação mais ampla que possibilite mostrar mais potencial acerca da sua utilização e depois, acho que a todas as fases de transição se estabelecem estes desafios que acabam por definir diálogos e debates que posteriormente, até poderão acabar por melhorar os utilizadores e as próprias aplicações dos manuais digitais.


Creio que a transição digital que já está a ser desenvolvida passará por muitas reticências e por muitas interrogações que são normais num amplo debate consciencioso e responsável. Na minha opinião, o meio termo será sempre a perspetiva ideal, com bom senso. Assim, o termo hibridismo é aquele que me parece o mais equilibrado. A questão da literacia digital e das capacidades técnicas para saber lidar com a panóplia de recursos digitais que existem merece também uma reflexão. Sim, é importante saber utilizar tecnicamente as ferramentas, e eu como professor de Informática tenho o dever de não me deixar ficar para trás nesta questão da atualização técnica, mas a questão pedagógica é agora o ponto fulcral da utilização das E-atividades: saber quando as utilizar e saber acima de tudo planificar a sua utilização no âmbito de uma aula. Neste contexto chamou-me a atenção o Learning Designer, uma ferramenta digital que permite que enquanto professores planificadores nos questionemos acerca das experiências de aprendizagens que estamos a planear fazer com os alunos através das E-atividades, planeando espaços temporais, alunos envolvidos, avaliação, e outros vários aspetos de um processo de aprendizagem.






Em suma, as E-atividades são uma mais valia no processo de aprendizagem, conferem uma lufada de ar fresco no ensino tradicional e devem ser bem planificadas e adaptadas ao público alvo a que se destinam, considerando a maturidade digital dos estudantes, literacias digitais, capacidades dos formandos para interagirem e colaborarem e conferindo um elemento de mais valia onde o já abordado paradigma onlife se insere.







Referências:



Recurso 1 e Recurso 2 - Atividades de Aprendizagens Digitais), Idalina Lourido Santos & Manuela Simões, 2024


https://elearning.uab.pt/mod/page/view.php?id=1048400


https://elearning.uab.pt/mod/page/view.php?id=1048401



Recurso 3 - Desenho de uma E-atividade, Idalina Lourido Santos & Manuela Simões, 2024


https://elearning.uab.pt/mod/page/view.php?id=1048403



Goulão, Fátima; org. - Desenho de e-atividades para ambientes digitais. Lisboa: Universidade Aberta, 2024. 62 p. (eUAb. Educação a Distância e eLearning; 20). ISBN 978-972-674-964-6
Disponível em: https://doi.org/10.34627/uab.ead.20


Moreira, J., Henriques, S., Barros, D., Goulão, M. F., & Caeiro, D. (2020). Atividades de Aprendizagem Digital. Educação Digital em Rede: princípios para o design pedagógico em tempos de pandemia, pp. 40-47. Universidade Aberta.

quarta-feira, 15 de maio de 2024

Learning Designer - Uma ferramenta para ajudar a planificar aulas híbridas e não só

Na Unidade 3 - Processos de Ensino e Aprendizagem Digital, ministrados pelas docentes Idalina Lourido e Manuela Simões, aquando do Tema 1 - Recursos Educativos em Ambientes Digitais, tive a oportunidade de me inteirar da aplicação Learning Designer, uma ferramenta digital que permite que enquanto professores planificadores nos questionemos acerca das experiências de aprendizagens que estamos a planear fazer com os alunos através das E-atividades e não só, planeando espaços temporais, alunos envolvidos, avaliação, e outros vários aspetos de um processo de aprendizagem.

Assim, consegui, aquando deste Tema 1, testar o programa, tendo efetuado o registo no site https://www.ucl.ac.uk/learning-designer/index.php




O registo é simples e requer uma conta que é facilmente criada, bastando introduzir o nome completo, e-mail, Username e uma password.



Após se efetuar o registo, é claro necessário fazer o login na conta, acedendo ao Learning Designer.


De seguida, a aplicação dá-nos as boas vindas e para criarmos uma nova planificação é necessário clicar em "Go to the Designer".


Entrando no modo "Designer", ficamos perante o menu editável da nossa aula, no qual podemos introduzir TLA's (Teaching and Learning Activities). É também aqui que designamos a nossa aula, dando um nome, definindo quanto tempo dura, quais são as metas e objetivos a atingir e que tipo de aula vai ocorrer.



"Ao clicar em Add TLA" vamos adicionar as "Teaching and Learning Activities", onde vamos definir como vai ocorrer cada TLA e quais os objetivos.
Por exemplo, para esta aula fícticia, pensei numa aula de 90 minutos normal, e separei-a em 3 TLA's. Na primeira parte, elaborei uma E-atividade colaborativa entre os alunos, utilizando o Kahoot, na qual, de uma forma breve, toda a turma vai fazer um pequeno comentário a uma imagem introduzida posteriormente no Kahoot sobre o tema das alterações climáticas. Cada aluno vai então ter 25 minutos para criar o seu comentário, após a reflexão/visualização da imagem em questão. Esta é a primeira TLA. De seguida, criei a segunda TLA, com o objetivo de investigação e pesquisa, onde os alunos, com base nos comentários anteriores dos colegas vão desenvolver uma pesquisa e leitura sobre as temáticas abordadas no TLA inicial. Após esta leitura, inicia-se a terceira e última TLA, em que os alunos vão preencher um formulário (aqui defini que seria feito no Google Forms), de modo a inquirir os conhecimentos adquiridos nas TLA's anteriores. 



Após o correto preenchimento das atividades no Learning Designer, temos agora vários recursos, um deles é a exportação da nossa aula que pode ser feito para várias plataformas (O moodle é uma delas). Optei neste exemplo pelo Word, em que é criado um documento em formato DOC com o resumo da aula criada.


 É possível também partilhar e dar permissões de edição da nossa aula a um outro registo, neste caso a partilha podia ser efetuada com um colega, que podia aproveitar este trabalho para modificar esta aula, criando a sua própria aula ou mesmo colaborar na mesma aula, caso fosse dada pelos dois colegas.



O modo "Analysis" cria-nos gráficos bastante intuitivos que resumem a aula e permitem-nos analisar com facilidade a experiência de aprendizagem desta aula.

Em conclusão achei esta ferramenta uma mais valia para a planificação de aulas híbridas em que utilizamos E-atividades, porque de uma forma rápida e prática ficamos ao dispor de um resumo muito abrangente daquilo que será a aula, com gráficos que são automaticamente criados, com o modo partilha que é muito útil no âmbito do trabalho colaborativo entre colegas e julgo que é uma ferramenta que certamente irei utilizar nas minhas aulas futuras.

Avaliação com recurso à Inteligência Artificial - Parte 5 - Debate e discussão de vários planos e ideias

 Creio que não será injusto referir que este foi de longe o debate que suscitou mais comentários, sendo por isso mais difícil criar um resum...